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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Medical Animation


             


Tem muita qualidade. Só que um rapaz naquelas condições, há-de ter algumas dificuldades em passar nos aeroportos....
Já agora, há guisa deste tema alguém saberá dizer-me como é que, o vulgo "picha d'aço" passa naqueles pórticos de segurança, E quem tem saúde de ferro? Deve pôr aquela merda toda a apitar....
Ou não será?????


                            António Capucha

                         Peniche,Julho de 2011
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

terça-feira, 26 de julho de 2011

The PEN Story




Este vídeo é uma peça publicitária, para a qual a Olympus tirou mais  60 mil fotos, "revelou" 9.600 delas e usou 1.800 para fazer o filme que vemos abaixo e que, segundo a empresa, não tem nada de  pós-produção. É uma colagem pura e simples. Um espectáculo de  criatividade. 




Obrigado ao meu querido amigo Manuel Amaral, que volta não volta, me presenteia com mimos destes...
Peniche, Julho de 2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Viagem

Navegar é preciso... Viver não é preciso. - Fernando Pessoa


                A Viagem    

Se o mar fosse mais denso,
Como de entre eles o Morto é
P'rá Berlenga iria p'lo mar imenso
Com se fora andando a pé

Acenando às gaivotas ladroeiras
E aos corvos, os marinhos, mai'los piscos
Cumprimentando barquitos e traineiras
Companheiros que somos, destes riscos

Chapelada daqui, como vai vo'cência, e a filha
A tradicional cortesia marinheira
Testemunhada por caranguejos e robalos

Mal partimos já chegámos à ilha
Nem deu p’ráquecer a cremalheira
E o Volvo Penta, nem soltou os seus cavalos.



                         António Capucha

                     Peniche, Julho de 2011



segunda-feira, 18 de julho de 2011

Lixo

Ministro de Estado e das Finanças - Que pose magnifica.


Estamos entregues à bicharada..... Então estes bétinhos até anunciaram que empresas iam privatizar. Certamente para dar a oportunidade às Agências de Rating, para baixarem as suas classificações para lixo ou lá perto. Esperem lá a ver se entendo.... A EDP, a PT, a TAP, as Estradas de Portugal..... LIxo???? Empresas de dimensão intercontinental..... Lixo???? 
É que assim baixam o seu valor no mercado, para os "amiguinhos"  as comprarem em saldo... Áh., Entendi-te!...
Pois ..... Gato escondido..... Será que é preciso ser Doutor para fazer estas coisas? Ter aquele ar sisudo   seráfico, acredito que até na pilinha o seja, catedrático de mau porte, para fazer merda desta???
Estes gajos ou são idiotas ou julgam que nós  somos....
Eles são bons é a descobrir buracos.... Serão mineiros, "chafurdeiros" ou o quê????
E não se pode exterminá-los???? 
Porquê são baratas rastejantes??? Putativos sobreviventes a todos os holocaustos havidos e a esperar????
Que saudades eu tinha da direita no poder.... Esta ausência de vergonha... Esta subtileza que apenas tem igual no pisar dum elefante.... Este descaramento de meninos rabinos....
Ainda um dia se vai saber que um deles usa cuecas de renda..... 

                       António Capucha

                  Peniche, Julho de 2011

sábado, 16 de julho de 2011

Teclemos pois....

+
Monte de Santa Tecla
Que chatice esta coisa de estar de férias…. Olhar preguiçosamente o computador e dizer-lhe: Vá anda computa e não te atrevas a olhar-me assim, senão tiro-te a PEN da net, é ficas às escuras…. Querem lá ver o estafermo. Quando me vê entrar põe-se roc….roc….roc…. a fazer o barulho do disco duro como quem diz: Então hoje…… Perorar, nada. Não é verdade!!!!….. Mastronço, abelhudo…. Ai ponho-te com dono, ponho….
Por acaso não te desligo porque numa volta rápida pelo blogue, vi que tinha mais “fregueses” do que era habitual. E então por mor disso, isto é: Por respeito a quem se interessa pelo que eu peroro, resolvi passar-te os dedos pelas teclas…. Mas atenção que, não será por esse facto que sereis equiparável à Santa tecla…. Outra que o S. Paulo convenceu a deixar-se teclar e que é hoje uma santa dos devotos minhotos e galegos…. Essas ao menos levam os homens a cantar e dançar chulas e viras. A sorver litros do “Berde” q’uisto de sopas de vinho não embebedam!!!! E a apertar c’as gáiatas que’las não se ralam. Até que tudo acaba como dizia numa canção de um grupo de Portugal: Os Jafu'mega……
-Já me dobram os joelhos
 Vai passar a procissão
 Já não sei se é do vinho
 Ou se é da devoção…
E vós pobres teclas de “Keyboard” o que é que quereis, não “fosteis” tecladas pelo S. Paulo…. São do Google e é um pau! E são negras como a noite… E eu estou de férias…..Mas mesmo assim os meus agradecimentos a este incremento de leitura do blogue….. Não desistam! Ainda um dia escreverei alguma coisa com algum jeito…..
                     
                         
                                                                          Jafu'mega - Romaria
                         

                          António Capucha

                    Peniche, Julho de 2011



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Península de Peniche

Península de Peniche


As manhãs duras ventosas, frias, sem Sol, como esta foi, são frequentes em Peniche. Mas a causa disto é a mesma que leva a que, por exemplo, o "bronsaline" que se leva de cá, seja inimitável... Um cobreado forte que dura até ao Inverno. E não uma ligeira "pátine" que os métodos artificiais e os sois mais educados, conferem às pacientes adoradoras.... Mas que só dão para as primeiras reuniões sociais após o que em regra: Desbotam!
Não é por essa razão que procuro Peniche durante todo o ano. Mas é pelo conjunto de razões que dependem da mesma causa que venho mantendo em suspenso. E ela é: Que toda a península de Peniche está mar adentro vários quilómetros. Para o constatar basta traçar uma linha de costa e verificá-lo. Nada mais fácil....
Peniche aliás, já foi tecnicamente uma ilha, não de águas profundas como a Berlenga, nesse aspecto era apenas no lado Noroeste, onde pontifica o promontório do Cabo Carvoeiro. E no lado onde agora se liga à terra era zona lagunar, mar baixo mas navegável, como prova o facto de haver na idade média um cais , que era o mais importante, em Atouguia da Baleia. Eu próprio rapaz não tão antigo assim lembro ainda o Baleal isolado de terra na Preia-mar. E mesmo na Baixa mar passava-se de burro que a corrente às vezes era brava.
Temos portanto que para a mãe natureza, este assoreamento feito de então para cá, pouco significado terá 
Basta que se tente imaginar e correlacionar o grande Oceano Atlântico, com este pedacito de terra, para perceber a que clima ficará sujeito: Marítimo pois então. E essa é a razão maior, a força que desencadeia todas as outras. Estar em Peniche é gozar do privilégio de estar de Sandálias a caminhar no mar, como se de Cristos nos tratássemos. E isso para o meu feitio muito religioso, faz toda a diferença.


                        António Capucha

                    Peniche, Julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Perora!... Perora!



Retomemos então, interrompido que foi, o “parlapiê” ao acaso. Tinha que interromper. Numa terra como esta, onde à Segunda Feira pelas 13H00, não se encontra uma “tabanca” de frangos assados aberta e a laborar, é obra. Calcorreei toda a santa terrinha à procura de uma refeição rápida porque mais logo, o mais tardar amanhã cedo, vamos de férias. E dava-nos jeito não nos ralarmos com a comida, a meio das arrumações que estamos a fazer.…. Mas como ia dizendo neste ninho de ratos que é Vila Franca, teve lugar, imagine-se, uma estreia de teatro senhores. E claro tinha que perorar sobre isso, ainda que assim cortasse o fio à meada da discorrência anárquica que vinha trazendo pela arreata. Revi uns quantos amigos d’antanho, mas após breve troca de palavras percebi que estavam invariavelmente, Mais gordos, mais grisalhos e mais estúpidos. Porque muito seguros de si. Sinceramente preferia-os com os seus conflitos de crescimento e crises de identidade, de quando privávamos mais, e éramos todos mais novos, muito embora eu já só o fosse em espírito… Rondava eu os trinta “e-ans” quarentas, quando eles começavam a descolar da “punheta” e a descobrir que bom é ser gajo…. Sem ser escravo dos “clichés” machistas. Coisa que só tem um defeito. A saber é intelectual  e ideologicamente,  a posição correcta  a cultivar sobre o assunto, mas é aquela que singularmente não agrada por aí além às mulheres. Que parecem gostar mais de personagens de mistério com um “piquinho a desprezo” por ventura porque lhes dá oportunidade de pôr em prática a sua vocação para vítima indefesa… Predicado a que muito poucas sabem resistir. Óh como as conheço….. E, tá bem prontos…. O que eu sofri enquanto não entendi esta e outras manobras… É cavalheiresco proteger a virtude das “mezeles”, ainda que elas considerem virtude, dar asas à libido. Ou como diz a fadista Cidália Moreira: num fado bem fadado a seguinte frase: Bate naquilo que é seu, ninguém tem nada com isso…. Naturalmente a referir-se a uma trepa que terá levado do seu companheiro. Depois querem que o fado seja património cultural da humanidade….  Ainda assim, não há amores como os canalhas de faca na liga e emoções fortes. E reconciliações violentas a sublimar as peripécias de faca e alguidar….. Das traições torpes aos perdões lorpas…..
Enfim a literatura está cheia de aldrabices a esse respeito. Um dos "aldrabões mor" até disse: Como é diferente o amor em Portugal….
Palhaço e aldrabão confesso….Morra ele, morra ....Pim

                                António Capucha

                   Vila Franca de Xira, Julho de 2011 

sábado, 9 de julho de 2011

O Jogo dos Mitos Cansados

Capa do programa

A companhia de teatro “Teatro do Zero”, levou à cena, ontem à noite, no Ateneu Artistico Vilafranquense, A peça: “O jogo dos mitos Cansados”, baseado na obra de Alves Redol: “O Destino morreu de repente”. Projecto ambicioso para um grupo recente, mas que revelou uma capacidade de realização notável. Ainda para mais que se sabe que a direcção do dito Ateneu, não ajuda a não ser com a cedência das instalações para ensaios e espectáculos. O projecto de encenação era rico e imaginativo. Quem conhece a obra sabe que o autor estava a sonhar d’alto quando faz algumas recomendações ao encenador. Isto para a época, Já se vê (1967). Uma das sugestões era que as cenas decorressem em “teatro de arena” (um palco central rodeado de espectadores por todos os lados. No caso um circo…) Alterando assim todos os conceitos da encenação tradicional, pois deixa de haver boca de cena direita e esquerda baixas e altas. Enfim… É um desafio para qualquer encenação e qualquer grupo de teatro… O grupo de que vos falo, amador, pois então, não acusou o toque e em boa medida ultrapassa até o sonho de Alves Redol. Muitos dos seus elementos revelam ainda alguma imaturidade a nível técnico. Como seja a colocação de voz que nas circunstâncias presentes era um “handicap” a vencer. A sala do ponto de vista acústico é mázinha…. Mas não foi o suficiente para impressionar os actores, revelando um bom nível de execução, quanto mais não seja plástico. Notava-se neles uma enorme alegria no que estavam a fazer. A música ao vivo era de bom gosto e de muito bom nível , executada ao que julgo saber por elementos da banda filarmónica do Ateneu.
Não deu foi para vencer todos os “quid-pró-cuós” da sala e sobretudo do palco, convencional, que no lugar da boca de cena tem a boca do inferno. Um estúpido fosso de orquestra que duvido alguma vez venha a funcionar como tal. Mas até esse acidente foi aproveitado a propósito pela encenação. O regresso dos mortos à presença do destino emergem das profundezas  do fosso. E o  Destino, perdão: Sua excelência o Sr. Destino, já agora diga-se interpretado superiormente, quando lhe dá o fanico também se desvanece pelo fosso abaixo.
Mas a propósito deste assunto, deixem que vos conte uma História, verdadeira aliás.
Quando inauguraram aquela sala, ainda no osso, (cimento à vista e tal….) convidaram para anacrónico evento o Maestro Vitorino de Almeida que perante aquela mastodôntica coisa que era a sala e o palco, muito educadamente como é seu hábito, referiu que a polivalência que lhe foi sugerida pela direcção e que para ela justificava aquela dimensão das coisas, era porque diziam estavam a pensar trazer cá espectáculos de Ópera e tudo…. E o bom do maestro disse-lhes: Pois é, mas nem uma opereta de média dimensão aqui se pode realizar quanto mais uma Ópera de autores consagrados. Os bastidores devem ter aproximadamente o dobro da área do palco, o que obrigaria a reduzir o anfiteatro consideravelmente. A verdade é que as direcções de então para cá não tiveram o engenho ou a vontade de cobrir o fosso d’orquestra, e desistir da impossível polivalência do auditório. O maestro referiu ainda que era um erro facilmente corrigido na origem, e sem gastarem dinheiro em projectos de arquitecto. Bastava que perguntassem a um carpinteiro de cena do S. Carlos como é que se fazia…Educadamente disse sem dizer que tinha sido feito por quem não entende patavina do assunto… Chamou-lhes pacóvios arrogantes, como são todos os pacóvios… Bom mas chega de má língua….
Votemos à peça.
Uma palavra de apreço igualmente para os figurinos vistosos alegres e a propósito… Aquela das botas de saltos altos do Relacções Públicas é do camandro! E os adereços de cena montados sobre rodas convertem as mudanças de cena também em espectáculo… Refira-se como discriminação positiva o conjunto adereço de cena (de rara beleza plástica), figurino e iluminação da cena do Inefável Senhor Destino e não sei se já disse, mas nunca será de mais dizer-se: Servida por uma interpretação daquelas que representa e põe todos os elementos em cena a representar… Isto sem desprimor  para os outros, que podem ter nele uma referência, que faz sempre falta em qualquer grupo de teatro.
Espero que o grupo prossiga e se desenvolva…. A quem tomou nas suas mãos a responsabilidade de arrancar com este projecto, à direcção de actores e encenação peço-lhes que não desistam. E encontrem as formas de equilibrar e superar as dores tortas de crescimento que este ou qualquer outro grupo de teatro tem.
Se servir de alguma coisa, há aqui um espectador que enternecido se confessa. E como não sabe rezar, deseja ardentemente que ganhem asas….
MUITOS PARABÉNS A TODOS SEM EXCEPÇÃO…..

                           António Capucha
 
            Vila Franca de Xira, Julho de2011


P.S.- À “posteriori” fui informado que o fosso de orquestra estava tapado e foi aberto para ser aproveitado para as cenas referidas. Mas isso não desdiz do que referi ser uma estrutura errada no palco…. Um fosso para os efeitos que foram encenados desta forma, seriam e teriam a mesma força cénica, a meio do palco como é habitual. A boca de cena é como o altar mor de uma igreja. Isto é: A zona mais nobre e onde se dá a interpenetração entre actor e público… Cenas houve que perderam com essa distância a que o fosso obriga….  

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mixagem

Baianas


Não me lembro onde ficamos ontem, mas também não interessa. A coisa vai começar no principio e acabar no fim como as outras. É o destino cruel destas coisas. A parte substancial delas nada podemos fazer para as controlar ou alterar a nosso jeito… Vinga-mo-nos no conteúdo dando a uma parte o ar de preâmbulo ou princípio, depois vamos estendendo o guardanapo, explorando o tema até onde ele der e nós soubermos. Por fim vem a peroração arte maior dos finais, versão o mais poderosa possível, aglutinadora de toda a discorrência e se possível resumida como nos ensina o Padre António Vieira. A arte deste homem, assim lhe dessem um púlpito, era de converter à bondade os empedernidos, devassos, violentos colonos no Brasil de então que era assim um espécie de Far-Oeste tropical. Os brancos eram invariavelmente, além de patrões, capatazes e assim. Os trabalhadores, escravos arrancados à sua Angola querida, que os padres se esforçavam na conversão, mas pouco mais conseguiam que uma adaptação às suas raízes religiosas aos seus rituais e ciclos de litúrgicos…. No Brasil de hoje, sítios há onde isso ainda é bem visível. Outro aspecto a considerar era a promiscuidade resultante da forma desbragada como as diversas culturas e hábitos sociais se enterteciam. O sexo então, era uma festa. Com a maior impunidade que se possa imaginar os patrões capatazes padres e tudo o que tivesse “piça”, estugados pela caloraça e as nádegas opulentas das escravas a que não sabiam resistir, deu em grandes confusões, a menor das quais não era a profusão de mulatos e mulatas de grande beleza e de sangue sempre a ferver que continuavam a  mixagem dos progenitores. Para trabalhar é que estava calor… Tinham que ser os negros angolanos a trabalhar, ora no café, ora nas minas, ou na cana d’açúcar.
Com os índios também não fizeram farinha. Daí a solução foi criar a teoria de que o índio bom era o índio morto. Em zonas remotas ainda prevalecem estas regras hediondas. Sendo que nesse particular a Igreja Romana, que tem um longo historial de fundamentação e cobertura das injustiças sociais, viu com preocupação mal disfarçada padres de uma nova geração passarem a defender os índios e os sem terra. Chamou-se a este fenómeno : “Teologia da Libertação” que tem sido afogada em banhos de sangue, com a perseguição e morte dos sacerdotes. Enquanto a Igreja assobia para o lado… Aconteceu até que o Papa que é Santo ou beato, ou lá o que é, que foi Polaco, atacou a “Teologia da Libertação” com a teoria esfarrapada de que era geradora de ódios e violência, coisa que é contra a Doutrina Social da Igreja. Enfim coisas de Santos….
Temos para nós que o Grande Brasil, quando se libertar destas e outras contradições que o trazem amarrado ao "Terceiro Mundismo", será imparável. E a pátria do progresso de que fala a Bandeira.
Com efeito começa a ser facto a mistura do Carnaval com industria aeronáutica. O Samba casando com a tecnologia de ponta da exploração do petróleo. Não esquecendo o ensino. Segundo julgo saber é lá que estão as maiores e melhores Universidades de Língua Portuguesa. 
E Parece estar na altura de deixar para amanhã a continuação desta coisa…..

                  António Capucha
    Vila Franca de Xira, Julho de 2011


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Discorrer II, ou carta aberta de Passos Coelho à Moody's

Já viram que pinta tem O Tetra–neto da micas

Continuando a discorrer, diria que tive acesso a uma carta de Pedro Passos Coelho para a Moody’s…  Entremos sem mais rodeios:
- Dear felow’s
Agora é que vocês me deixaram sem pinga de sangue… Lá pôr o povo a pão e laranjas ainda vá …. Leva-se bem…
Receber de vocês um golpe tão baixo, confesso que não esperava… Caramba…. Sou algum comunista ou quê? Atenção nós, eu, sou da cor. E fiz acto de fé nos mercados e seus mecanismos. E ainda somos família veja bem… A sua Tetra-avó era a “micas” que era sobrinha-neta por afinidade, de uma tia minha e rezam as crónicas lá da rua que tendo emprenhado do Zé Sabujo, fruto do devaneio de uma noite de trovoada, circunstãncia indispensável para que alguém, mesmo o bêbado de Zé Sabujo, chegasse a vias de facto com a micas, que era feia como noite escura.  Adiante....
A mãe dela, correu-a a toque de caixa com dez Reis no bolso e uma côdea de pão escuro. Foi a minha Tetra-avó que era sua amiga, andavam juntas na costura, que a meteu num cargueiro que largava para a América. Como os dez Reis não chegavam para a passagem deu uma “geraldina” à tripulação e não fora já estar grávida tê-lo-ia ficado por certo. A verdade é que um mocetão meio vesgo, meio cego e por isso indiferente a sua fealdade ter-se-á apaixonado loucamente por ela e a viagem a partir daí até não foi má de todo.
O Capitão casou-os e mal chegados à alfândega de Nova Yorque, após  a desinfestação da ordem, lançaram-se ardorosamente na perseguição do “Sonho Americano”. Ele vesgo, praticamente cego e completamente obtuso em contas, nunca percebeu que o menino não era dele. Contava pelos dedos mas como tinha perdido um, numa descarga dum navio, que era o seu trabalho, as contas davam sempre o que que se quisesse - tendência que se veio a tornar uma característica familiar....  Ela, que era feia , mas não era parva, foi lavar escadas para o Padre que a cobria de Graças..... A boa verdade, meus caros amigos da Moody’s, é que é por estas e por outras que eu acredito no Capitalismo “com activo repúdio” pelo Xuxalismo, bem como os mais leves desvios do rigor Liberal…. Por todas estas razões onde não destoa o sermos familiares, Julgo não ser merecedor das vossas ciganices…. Aprendi com o filme o padrinho, que à família não se faz mal algum….
Atenciosamente
Peter Footsteps Rabbit   

1ª Ministro da República Portuguesa.


              António Capucha

Vila Franca de Xira, Julho de 2011

Discorrer

D. Quixote de la Mancha

Pois é, passo boa parte do meu tempo livre a tentar decifrar esta relação causa efeito. Sim, causa efeito. Se por um lado ninguém me conhece e por isso não sou lido como gostaria - quem não gostaria?. Por outro, também é verdade que não sou assim tão conhecido, tenho amigos e tal, mas não sou conhecido, porque poucos perdem tempo a ler o que eu digo e escrevo. O que é que nasceu primeiro o ovo ou a galinha? Neste caso só tenho uma saída deste ciclo vicioso. Há aliás uma constante: Ser mais lido. E isso passa por continuar a escrever e melhorar a escrita em todos os sentidos. Isto porque qualquer outro caminho entrega-me nas mãos de mecanismos que não controlo. Se quero depender apenas de mim, tenho que aplicar as receitas que apenas a mim me impliquem e de mim dependam.
Há ainda outro aspecto a considerar. É estar-me nas tintas para isso tudo e prosseguir na senda iconoclasta de tratar mal tudo o que me faz “brotoeija”. Não respeitar os sacrossantos conceitos instituídos e fazer disso a notoriedade indispensável, não nos iludamos, que quem se mete a Blogar ainda por cima perorando, busca a notoriedade, a evidência.,. Se dissesse o contrário estaria a mentir-vos e a mentir-me. Quanto a isso venha o mais pintado e diga que nem um músculo da face se moveu a sorriso, quando ouviu outros a dizerem: É pá… Tu escreves bem…. Gosto de te ler. Mas depois pergunto: Então leste aquele conto da…..
Não!
Percorro a lista dos meus preferidos interrogando-os. A resposta é a mesma…
E chego facilmente à conclusão de que tenho para ali tralha que nunca mais acaba e a quem dedico carinhos de coleccionador. Leio e releio alguns que classifico já como clássicos e gosto… Sinto muito prazer em faze-lo. Emendo gralha aqui, gralha ali, pode sempre melhorar-se.
Enfim…. É neste momento a coisa talvez mais importante da minha vida. Não admira que ocupe a minha capacidade de discorrer sem tema…. Estarei a ficar como o D. Quixote de la Mancha? Tenho que descobrir quem é a Dulcineia…. Ela há-de andar por aí…. Terá aqui lugar fazer um “Casting”?

                                  António Capucha

                    Vila Franca de Xira, Julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Masturbações….



Uma velha ideia anda há uns tempos a bailar-me na tola. A ideia é mais velha que o baile. A ideia tem anos e o baile tem pouco mais de um ano que é o tempo que levo de escriba de blogue.
Embora saiba que a sua concretização me vai dar gozo sobretudo a mim, porque é demasiado frágil a ligação dos estimados leitores ao blogue. As pessoas que fazem o favor de me ler, fazem-no na presunção de que o seu interesse não fique frustrado. E o projecto de que vos falo é quase uma “masturbação” literária. Se não vejam: Começar a escrever sem tema nem destino, naturalmente interromper, porque textos grandes são inimigos do Blogue, para no dia seguinte retomar o não tema e assim sucessivamente até cansar. É capaz de dar um “bsigróglio” de respeito.
O que não sei é quantas pessoas estarão na disposição de assistir a este gozo individual. Pode dar-se o caso de as minhas flutuações temáticas tenham a ver com as flutuações do comum das pessoas. E desse modo pode ser que uma fatia considerável dos meus caros amigos, se sinta próximo. A gente, também vai ao cinema e à bola, e nem todos somos cinéfilos, ou sabemos jogar futebol. Não é bem assim , mas arremeda… Em boa medida, penso, somos todos de certo modo voyeurs do que outros escrevem. Muitas vezes quem escreve fa-lo emprestando  muito do seu íntimo, num mecanismo sub-reptício de revelação, a que nós assistimos e gostamos daquilo que vemos , ou não.
Outra das questões a considerar é saber a dimensão física, quantas palavras, quantas páginas.
Da observação d’outros blogues, noto que, raramente se vê um texto com mais de duzentas e tal trezentas palavras, e que o número de palavras, é inversamente proporcional ao número de comentários, de participação activa portanto. Muito embora isso tenha a ver com a temática…. Se nos pusermos a fazer critica social “ligt”, do tipo das colunas dessa “bichiresa”, podemos contar com uma participação a nível dos comentários, grande.
Quero com tudo isto dizer que não cedo ainda á facilidade. Mas que custa , custa…. Ver lixo literário ou alta densidade informativa acéfala, a ter o sucesso que têm na “blogoesfera”. E um gajo aqui a dar o litro e a fazer esforços para evoluir em vez de “avacalhar”, ou baixar padrões, apenas por respeito ao fenómeno que é criar textos literários. Ainda que  para o arquivo do blogue e dos “meus documentos”…. Dantes era para a gaveta!
"Prontos"!!!!
               António Capucha

  Vila Franca de Xira, Julho de 2011

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ferrari em Paris- C'était un rendez vous

O amigo Afonso Dias fez-me chegar isto. Surpreendente! É o mínimo que se pode dizer. Se der por si a agarra-se à cadeira numa curva mais apertada, não se admire... Ou se num slalom, ficar meio zonzo, é mesmo assim. Resta acrescentar que não tenho a mania dos carros e também não dou para indefectível amante de Paris. Literáriamente pobre esta peça é no entanto emocionalmente superior. E o blogue Peroração não tem reservas mentais em relação a seja o que for. Curtam!!!!

António Capucha
Vila Franca de Xira, Julho de 2011




VÍDEO DE CLAUDE LELOUCH POR PARIS NUM FERRARI GTB -1978



Em agosto de 1978, portanto há 33 anos, o cineasta francês Claude Lelouch adaptou uma câmara giroscopicamente estabilizada na frente de um Ferrari 275 GTB e convidou um amigo piloto profissional de Fórmula 1, para fazer um trajecto no coração de Paris!!!, na maior velocidade que ele pudesse.A hora seria logo que o dia clareasse.

O filme só dava para 10 minutos e o trajecto seria de Porte Dauphine, através do Louvre até a basílica de SacreCoeur.. Lelouch não conseguiu permissão para interditar nenhuma rua no perigoso trajecto a ser percorrido.O piloto completou o circuito em 9 minutos!, chegando a 324 km por hora em certos momentos.

O filme mostra-o furando sinais vermelhos, quase atropelando pedestres, espantando pombos e entrando em ruas de sentido único. O sol nem havia saído ainda.O piloto, teria sido René Arnoux, ou Jean-Pierre Jarier.

Quando mostrou o filme em público pela primeira vez, Claude Lelouch foi preso!!!!!!!!Mas nunca revelou o nome do piloto de fórmula 1 que pilotou a máquina e o filme foi proibido, passando a circular só no underground.Se você não viu ainda o clássico, prenda a respiração e clique no link abaixo. Se você já viu, veja de novo. 

Vale a pena curtir a emoção de passear em Paris como se estivesse a bordo de um Ferrari 275 GTB.Ligue o som e curta !!!Versão Integral... Raridade!!!!!!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Governo e as TV's

O menino paulinho tem o dedo no nariz
Já repararam na velocidade com que as operadoras de televisão substituíram os comentadores habituais que lambiam as botas ao Sócrates, por outros rapazes com opiniões muito bem alinhadas com os novos donos da razão. E tão riquínhos que eles são... Babam-se todos.... São a cópia mais exacta dos seus ídolos POP, que é possível imaginar... A lista foi entregue pelo Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.... Foi? É que estranho a celeridade e pontaria das escolhas. Será que há aqui alinhamentos impróprios? Já não digo nada. Há dias assisti a uma entrevista na qual o "jornalista" discutia as opiniões do entrevistado. Um espanto.E a densidade do silêncio da blogoesfera? porquê? São todos alinhados ou quê. Então é porque já o eram! Chegou a vez dos chacais?  Acabaram-se os ton tons dos Medinas Carreiras....
Este governo para lá de tecnocrático é dos jovens lobos, guardados à vista por velhas ratas de cano da política.
Olhem bem para eles e vejam se não é assim. Olhem de novo e vejam se o Paulo Portas não é o macho Alfa, salvo seja. Reparem bem no que há de comum entre, por exemplo, o Aguiar Branco e os rapazes vindos das universidades amaricanas... Não sei é se há algum, talvez o Mota Soares, que tenha sido aluno do Seminário de Lassa, no Tibete. Presente-se aquele ar iluminado de monge laranja e azul...
Não sei estou confuso... Em resumo, são as TV's que, Prostitutas da informação que são, estão a por o cu a jeito. Ou é já o Paulo Portas a manobrar. A manipular!!!

                             António Capucha

                Vila franca de Xira, Julho de 2011

E vão três!



E vão três.... Pela terceira vez inrompe o truque das contas do défice não estarem certas. E por essa razão o partido vencedor das eleições não pode aplicar o seu programa com o qual seduziu o povo a votar neles.è esta a receita decalcada.
Da primeira vez foi o prometido choque fiscal, O cherne (Durão Barroso) prometeu uma baixa considerável nos impostos, que ficou nas covas. Não só ficou como inverteu completamente as promessas eleitorais. Claro, aumentaram os impostos.
À segunda o nosso amigo Engenheirinho de Domingo, usou o mesmo passe de mágica para a seguir às eleições dar o dito por não dito e aumentar tudo o que era imposto para além de outras medidas adicionais que nos puseram com língua de palmo por três longos anos. Isto porque, como é claro, tinham uma inemaginável e pesada herança em termos de défice... Tinham sido enganados, quem o disse foi o inefável Victor Constâncio, que para mal dos meus pecados foi meu camarada no MES, pressuroso funcionário que lá fez o jeito ao seu primeiro que com o monco caído e lágrimas de crocodilo subiu o IVA para 21% e o resto a condizer.Tudo congelado.... Até hoje.
Espanto: O povo português não percebeu nada. A prová-lo está que fizeram dele de novo Primeiro Ministro....
E por último à terceira este bendito povo ainda não entendeu... Foi de novo no canto da sereia e votou no mais folclórico programa. Sim senhor é bonito: a mudança!!! A mudança é uma boa atitude perante a vida. Estes novos rapazes andaram lá por fora a pavonear a sua estupidez a dizer a tudo quanto é Alma que eles sim eram os rapazes bons da fita.... Nada de comunas.... Ou esquerdalhos.... Vá de retro.... E vieram de lá com ares de anjinhos papudos, ungidos que foram pelos patrões da Europa.... Chegaram cá e disseram: As contas estão mal.... O défice é superior ao previsto. vamos criar um imposto intercalar e aos nossos funcionários roubamos-lhe metade do subsídio de férias... Não podemos é correr o risco de ficar mal vistos pelos nossos gurus e patronos.... Esta até faz o Sá Carneiro dar uma volta na tumba.... Que corja.
Mas enfim. Não acredito que valha a pena fazê-los entender os limites da decência em política...
Agora este povo..... tenham lá paciência!!!! Acreditar que a direita ia governar para o bem do povo é o mesmo que meter um "cagalhão" numa gaiola e esperar que ele cante...
Este povo é ingénuo? Não é! Não tem cultura ou identidade? Tem seguramente! Então como é que cai três vezes na mesma esparrela.... Será que é "poucochinho" da cabeça? Tem falta de maturidade política? acho que também não!
ENTÃO?????
Ou será que pensamos tanto, pensamos tanto, que se nos baralham as ideias na cabeça.....

          António Capucha

Vila Franca de Xira, julho de 2011