A BANCA “RÔTA” II
Como a economia abrandou, seja lá isso o que for, os bancos, perdão… As instituições de crédito, numa “down” de negócios, resolveram assaltar o pobre do “cliente”, fazendo-se pagar por uma série de pequenos serviços, que sempre foram prestados como fazendo parte intrínseca da actividade bancária.
Apesar das enormes camadas de “markting”, como se de “make-up” se tratasse e dos hectolitros de chá sorvidos, quando cai a máscara, é que se vê a verdadeira essência das coisas. E NESTE CASO FOI A CARA DA AGIOTAGEM QUE EMERGIU. Sim…. Que por mais voltas que se dêem, é essa a base do negócio bancário. Muito mais sofisticado e regulamentado… Dizem! Mas é, o que efectivamente é: AGIOTAGEM.
E o que é que mais custa a um “prestamista”? São as “borlas”!!!!
Para ele o negócio tem um só sentido: o lucro. E o que não der lucro terá que ser banido do negócio. Ou incluído nele com um preço, Justo, já se vê…. Borlas é que não…..
Com o crise financeira a aumentar, ou pelo menos a não regredir, são hoje muito menos as chamadas oportunidades de negócios e é natural que a banca veja reduzida a sua liquidez. Então algum “criativo”, lembrou-se de que manter as contas dos clientes abaixo de um determinado valor, ou a zeros, tem custos adicionais. É obviamente falso… Custos tem, mas apenas os que são da natureza do negócio.
Mal, aqui neste particular, andou o Banco de Portugal, e as instâncias governamentais de defesa dos direitos do consumo, que passou uma esponja sobre o assunto, como se a actividade bancária não tivesse responsabilidade nenhuma no surgimento da crise, e generosamente aceitado este sofisma das “manutenções de conta” como uma forma de minimizar os efeitos da dita crise, que permite aos bancos sacar aos desgraçados:
- 5,20 euros para saldos entre 1.500 e 2.500 euros (inclusive);
- 10,40 euros para saldos entre 1.000 e 1.500 euros (inclusive);
- 15,08 para saldos iguais ou inferiores a 1.000 euros (inclusive). (valores por trimestre)
Espantoso… Não é?
O rigor sobre os clientes, só tem igual no “regabofe”, nas mãos largas, para os proventos das administrações…. Sempre em número de duas, porque apenas uma parece mal, é menor, sendo que uma é Executiva e a outra, um pouco mais decorativa. (o Conselho de Admin.)
No entanto, são ambas muito caras….
A natureza das coisas é terrível. Por mais que se tente disfarçar e por muito óleo de fígado de bacalhau que se tenha tomado em pequenino. Por muita polidez nos modos e sofisticação que se afivele, a velhaca da natureza, acaba por revelar sempre a verdade intrínseca, visceral, intestina do que se é. E, desculpem lá qualquer coisinha, mas no vosso caso é: AGIOTAGEM…..
Por detrás dos vossos mármores, da imponência das vossas sedes e das decorações nobres das vossas filiais, eu só vejo a vetusta, a obscura gaiola de um mesquinho agiota Judeu (o invejoso, o prego, o usurário) somítico e sumido por detrás dos seus óculinhos que não escondem antes reforçam, a avidez do seu olhar míope…
António Capucha
Vila Franca de Xira, Junho de 2010
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