A República |
A república não é como a vida de outras coisas, que nascem, crescem e morrem.
É que ela desde a sua Génese em mil novecentos e dez, tem ao longo dos anos, morrido várias vezes para renascer mais à frente de esperanças renovadas…. Sempre renovadas…. Já vamos aí na décima quinta República….
Nasci com ela morta, duma morte que me parecia irredutível, final! Foram cerca de quarenta anos em estado terminal. Mas eis que num Abril que trouxe mais que “águas mil”, renasceu e em sua glória se cantaram mil e uma trovas, glorificando-a….
Mas quarenta anos a desaprender, foram muitas gerações, que quase se esqueceu como e porquê se trata de tão delicada criança. O desmame foi terrível, mas ainda assim não tanto como a sua adolescência. O período, já de si difícil, não contou com todas as nossas energias. E de então para cá tem vindo a morrer e a renascer, o mais das vezes apenas sobre a forma de esperança. Sei lá!!! Relembrem a História recente e verão que não ando longe da verdade….. Agora mesmo há minutos, morreu de síncope…. Quando este desgraçado e esquecido povo, permitiu a eleição do Cavaco Silva. Um “Mandrake” dos números…. Um aldrabão compulsivo….. Assustador militante de criancinhas…. Se aquilo é quem nos representa, devemos ser atrasadinhos, coitados!!!!…..
Mas ontem, nem há um minuto, renasceu a república em todo a seu esplendor. Num insuspeito, vetusto mesmo, programa de TV da RTP N, num lançamento de dois livros seus, a República renasceu, como disse, numa notável intervenção de António Arnaut…
Recarreguei as baterias e restabeleci o orgulho na Nação que somos, no povo que sou e em quem acredito, desde sempre.
VIVA A REPÚBLICA….
António Capucha
Vila Franca de Xira, Fevereiro de 2011
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