Família cigana |
Uma mulher com um menino pela mão, presume-se que seu filho, entra pelo restaurante “O Tanque” junto ao tanque das lavadeiras na Bica do Chinelo, pequeno largo na saída Oeste da cidade. Fronteiro fica às Terças e Sextas de manhã o mercado dito dos ciganos, pois são dessa etnia a maioria dos vendedores….. A senhora na austeridade das suas vestes negras até aos pés, de mil e um saiotes e aventais pediu uma sandes de fiambre pois estava em jejum, e um galão, para aquecer o estômago.
Ali perto uma velhota numa mesa, debicava bolinhos secos, uns quatro ou cinco, num pratinho de sobremesa.
O pequeno ciganito fixou neste quadro os seus imensos olhos escuros, brilhantes como duas pérolas negras. E que diziam eles? Só faltava babar-se…. Diziam tudo…. A boa da velhota estendeu-lhe o prato e disse-lhe que tirasse um bolo.
A mãe ante este evidência diz no seu jeito cantado:
- Aiiii menino, foi isso q’eu t’ensinei???? O que é que se diz à Senhora!?!?!?
O fedelho baixando os olhos diz:
- Aiiii Quer’ outriiii!!!!!
Ora bom…. Ninguém a mandou perguntar, não é verdade!!!!
Isto vi e ouvi, eu…. E registado ficou….. Penso que a bem das coisas boas e giras que por aí andam, à espera que delas se dê conta. E se faça memória….
António Capucha
Vila Franca de Xira, Abril de 2011
Ps- Mais um dia a resistir a falar da crise. Espécie de esgoto de suinicultura em que a nossa actualidade politico- financeira se transformou......
Ps- Mais um dia a resistir a falar da crise. Espécie de esgoto de suinicultura em que a nossa actualidade politico- financeira se transformou......
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