Sede da CGD |
Neste país que é o meu e é o nosso. Que me trás na serenidade da paz com a sua História, restabelecida em setenta e quatro do Século passado.... Embevecido com as suas belezas que me deslumbram todos os dias.... E o calor que as suas gentes me trazem, a que tenho que juntar as suas muitas e ricas culturas.
Tinha que haver alguma coisa que destoasse.... Não a política, que essa não destoa nem entoa, Mas algo que não deixando de o ser (política) é a proverbial falta de decência e respeito pelo consumidor, na vertente cliente, das grandes companhias, o mais das vezes públicas, e que nos prestam serviços dos quais não podemos prescindir.
Sei lá.... As CP's; As EDP's; As PT's; Os CTT's; As CGD's, que digo eu.... São mais que as mães e todas a apresentar lucros astronómicos e a prestarem serviços miseráveis em termos de qualidade e de respeito pelos mais elementares direitos dos consumidores.... A algumas, é possível po-las com dono! E não tenho hesitado.... Pelo simples facto de ter mudado de operadora de telefone fixo, tenho poupado em média quinhentos por cento ao Mês.... Não é treta. Posso provar... E não foi só de inicio para cativar o cliente, já lá vão uns anos e continua a poupança. Vejam lá com que despudor e quanto me andaram a roubar ao longo de muitos e muitos anos. Hoje em dia a PT, é uma das maiores empresas Nacionais.... A CGD's, também coitadinha, que usou na altura os lucros conseguidos à nossa conta e com a bênção dos sucessivos governos, para erigir aquela Faraónica sede, que envergonha a sobriedade a que uma instituição daquelas se devia obrigar. Esses lucros se fossem entregues às finanças talvez aliviassem a carga fiscal que à época foi exercida sobre a população e as outras actividades produtivas. Este banco do Estado (nosso portanto, não no sentido de posse , mas mais no sentido do estar ao serviço de quem), vergonha das vergonhas, além de usar e impor aos clientes metodologias do Século dezanove: a sua predilecção por filas e filas de humildes clientes, e métodos de agiotagem iguais ou piores que os bancos privados ..... Bom hoje em dia e porque tocou a rebate ao "sistema financeiro" (eufemismo de agiotagem) todos acertaram agulhas e pagam-se de serviços e até inventaram outros, que são claramente metodologias de funcionamento e deviam e foram sempre consideradas, despesas de exploração. Mas actualmente com a permissão do Banco de Portugal, são debitadas aos clientes. Já todos fomos assaltados por coisas como comissão de descoberto, despesas de manutenção de conta...Etc... Etc..... Uma vergonha....
E a EDP..... A maior Empresa industrial portuguesa? Maior em volume dos lucros e património e quantidade de funcionários. Porque em matéria de qualidade e rigor de serviço prestado, estamos conversados. Ainda hoje fui confrontado com mais uma arbitrariedade, desta companhia que diz de si mesma ser a maior a nível Nacional. É a tal que distribui aos seus gestores de topo, valores rigorosamente obscenos no exacto momento em que o governo decide ir-nos aos vencimentos e pôr tudo de gatas para cumprir as metas do déficit público.... Os milhões e milhões de €uros para premiar as gestões "sublimes" destes senhores, daria por certo para aliviar um pouco a tenaz...... E ainda que o não fosse! Seria sempre mais decente....
Meus caros leitores e amigos:
- Há uma palavra do léxico de todas as línguas vivas ou extintas, que sempre foi maldita. Todas as formas de poder e de domínio cultural a tornaram quase diabólica, (e as culturas que não possuíam diabo, inventaram-no para o efeito), deselegante e agreste..... É o termo: NÃO.....
Usemos pois o: NÃO.... NÃO a estas companhias de roubo organizado.....
Tão cedo quanto haja alternativa, ponha-mo-las com dono!!!!! Até que aprendam!
Gostava de saber se, por exemplo a EDP, agora que pode vender energia aos Espanhois o faz como faz conosco?
Ou se a CGD, enterrou dinheiro no BPP ao mesmo juro a que nos emprestou para comprarmos uma casinha?
NÃO, MEUS AMIGOS. NÃO, é a palavra mais importante em qualquer língua...
Perguntem aos poetas, que são os verdadeiros zeladores do peso das palavras......
António Capucha
Vila Franca de Xira, Março de 2011
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