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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Chapéus há muitos palermas - Pontuar como entender.

Chapéus há muitos

                                                                                    

No dia que hoje é hoje, um assunto da máxima importância tomou conta dos nossos cuidados colectivos. Sobretudo a população feminina, por um dia ganha folga da preocupação diária de pôr comida em cima da mesa para alimentar a prole… Na mercearia, na pastelaria, no café e de janela a janela, ecoa a pergunta do dia: Áh Felismina. Óh Adelaide. Óh Estrudes …. Então “vistes” como ia a noiva?
Ia linda, não ia?
As estações de Tv, também não se podiam ver… Os respectivos estados maiores das informações com o apoio de umas aves, que antes fossem canoras, especialistas em etiqueta e formados/as em realeza Britânica, que é o mais importante destas coisas. Simplesmente ridículo….. Para não dizer amoral….A quantidade de abéculas que estava em Londres para dizer aquilo que todos estávamos a ver….  E com o apoio de especialistas, como já disse.
Isto tudo para satisfazer a curiosidade do mulherio, que, a fazer fé naquilo que testemunhei, apenas queriam saber como é que ia a noiva… Provavelmente para secretas comparações com as fatiotas dos nossos republicanos plebeus, e nem sempre probos, como também cabe aqui dizer…. Foi bom para as compras que fui fazer porque estando as abanadoras de nádegas, ocupadas com o traje da criatura, despachei-me muito mais depressa…
O bom q’uisto tem, é que é um dia a menos para a crise. Já que em luta por mediatismo perde, evidentemente perde, para o chapéu da princesa… E é bem feita!!!!
Já agora…. Tróica, não é uma espécie de trenó Russo puxada por três cavalos?
E assim sendo, estes anibais que cá estão, são trenós, tornedós, ou simplesmente os cavalos da coisa?
Vêm porque é que o chapéu da menina ganha?
É que chapéus há muitos…. Mas palermas há muitos mais….         
                                                 Axioma total….  

                                                                                                          
                     António Capucha
  
                 Peniche, Abril de 2011













                                    




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