Endereço do blogue........peroracao.blogspot.com

sexta-feira, 29 de junho de 2012

S. Pedro





O dia que hoje passa, 29 de junho, é também dia, no calendário religioso de S.Pedro, um dos santos populares uqe galgou dos apertados rigores religiosos para o quase paganismo dos velhos festejos que eram ligados às actividade ciclicas e rurais das culturas dos cereais e outros produtos agriculas. Mas deixemo-nos de divagações, O S:Pedro é o santo padroeiro aqui do Montijo, e logo de manhã muito cedo fazem questão de assinalar os festejos com fogetório e o ritual de celebração da fertilidade que tradicionalmente por aqui se celebrava, é hoje tal como em outros locais desta região de campinas e festa brava, dia de largadas de toiros para a malta apanhar umas cornadas e coisas similares. quem conhece essas coisas sabe que à mistura com alguma coragm o vinho è decisivo para que os homens se haabilitem a brincar com os toiros. claro que se o vinho fôr demais taambém resulta em cornadas. Há até aquela historia do gajo que foi fazer um pic-nic na leziria e bebeu mais que a conta. De repente olhou e viu ao longe dois toiros que vinham a correr para ele. Olhou para trás e com a visão perturbada pelo alcool, viu duas árvores, mas azar dos diabos, foi para trás da árvore que não era, veeio o boi que era, e pinba, deu-lhe uma marrada que o deixou todo desconjuntado.
E esta heim.


                     António Capucha

            Montijo, 29 de junho de 2012

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bola quadrada








Não sou nem alguma vez fui um torcedor de futebois. Se calhar porque o mundo do futebol longe de ser um desporto colectivo saudável veio a transformar-se numa extensão da insane pecha da guerra surda mas real entre nós e os outros. As instãncias superiores da organização mundial continemtal e nacional, FIFA, UEFA e FPF, são as primeiras a dar o exemplo, criando normas que desvirtuam e até contrariam o espírito com que o futebol foi criado - isto é marcar mais golos que o adversário dentro de um certo limite de tempo-. Isto para lá dos vícios de sistema que têm vindo a fazer escola.
Aqui deixo declarado para quem me der ouvidos, que essa coisa de dicidir uma eleminatória a penaltis, é ilegítima. Há montes de imponderáveis que estão em jogo num qualquer jogo de futebol que levam a que victória, empate, ou derrota sejam sempre possíveis. Introduzir-lhe mais esta norma que ainda por cima é decisiva do desfeixo da partida, é contra natura. podem crer que diria o mesmo se a Espanha tivesse sido eleminada. Os altos valores da sadía competição desportiva estão em perigo, cedendo o passo  à onda até aqui imparável de transformar em industria todo o mundo do futebol -podem crer que se eu fosse atleta não me atreveria a festejar uma victória assim conseguida -.. Se calhar a culpa é nossa.gostamos de ver um jogo de futebolm na televisão e em televisão o que conta é o momento, não o futuro ,tão pouco o passado, que só conta quando é preciso encher chouriço nas horas menos nobres. E aí vem a nossa culpa, nós queremos saber e ver sem mais delongas,quem ganha e quem perde .Mais tempo para se saber disso é uma eternidadee, os anumciantes não pagam para que não se veja. Os que querem a verdade desportiva e coisas assim, são marcianos, ou algo do género.
Pois seremos. Mas que tenho razão tenho! E disso não abdicarei numca.
Sasudações leoninas! Viva o grande Sporting clube de Portugal.



           António Capucha



     Montijo, 28 de junho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Carochinha










A carochinha





Habituada que estava a que tudo, ou quase tudo lhe caísse do Céu, Quando lhe falaram em casamento achou que era problema de somenos bastaria umas batidelas de pestanas à janela e um qualquer João Ratão havia de chegar-se à frente. Bem vistas as coisas beleza não lhe faltava era verdade! Mas o jogo da sedução requer sapiências específicas, e isso ela estava longe de saber.

Por isso parece-me bastante arrojado confiar plenamente na estratégia da carochinhaPara assunto tão sério como é este do casório.
Entre as coisas que aparentemente a joaninha – assim era o seu nome- desconhecia avulta por exemplo o facto de ter que saber dar-se e receber em troca uma outra pessoa que por acaso será do sexo diferente do dela e que é bruto peludo e cheira mal, além de que terá de ter um espírito de sacrifício para suportar as futuras agruras da união como por exemplo as mais que prováveis gravidezes e partos que não são flores que se cheirem em matéria de sofrimento. Desconhecia ela os meandros da natureza que conferiam às fêmeas humanas formas arredondadas e belas e uma infinita capacidade de sofrimento para a ter preparada para amissão que a natureza lhe destinou para a idade adulta e que inclui a capacidade da sedução, velha ciência que o ser feminino de qualquer espécie trás inscrito nos genes. Associado á tolerância do ser oposto sexualmente falando, são talvez a principal ensinamento da natureza. Nós é que divergimos e no topo das missões de vida de cada um de nós, colocamos a nossa realização em termos humanos. Às fêmeas humanas, também a sua realização pessoal vem prioritariamente à cabeça dos principais factores de realização. É esta uma conquista da civilização da espécie. E muito bem o é.
Mas a nossa carochinha teve azar. Às pistanadelas ainda que belas à janela,não acorreram joôes ratões, tão só ratões que ora procuravam a satisfação da sua lascívia, ora, uma mãezinha, para substituir a que estava longe, ou, uma criada para todo o serviço, ou ainda , as três coisas num só desejo. A nossa Joaninha era ignorante de muita coisa, mas parva não era. E porque estava tão habituada a que lhe caísse tudo do Céu, ficou para tia, e tinha uns belos e espevitados setenta anos quando me contou esta “estória exemplar”. Eu partilho-a convosco com todo o prazer. Para que não cedam à vulgaridade de ser joaninha ou ratão, porque é nefasto além de indecoroso.


                    António Capucha

       Montijo,26 de junho de 19012





he amigos!

está um calor de rachar pedras de sapateiro, sabem o que é?
Os antigos sapateiros tinham uma pedra bem dura algo achatada e, de formas elípticas que sentavam no colo e com um martelo de grande suprefície de contacto - ele há-de ter um nome mas para falar com franqueza, não o sei - com as  quais batiam as solas antes de as aplicar nos sapatos, tinha esta técnica a função de conferir à sola maior compactação, logo maior durabilidade. Era ainda o tempo em que os oficios existiam em função dos interesses dos clientes e não em função dos oficiais do ofício. Ainda não tinha sido inventada a perversão corporativista, que nos dias de hoje e de há um tempo para cá,envenena as relações de trabalho a quase todas as profissões.Vá, metam lá bem as mãos na consciência e verão que tenho razão. Os fascistas de merda puseram-se a congeminar e pariram esta ideia peregrina de simular esta "conquista das classes trabalhadoras".Classes há, que tendo muitos privilégios a defender constituiram sindicatos altamente corporativos ou até ordens de classe com a aparência de vigilantes deontológicas.
Já dsisti, Não será a minha geração a terminar esta lógica que mais não tem feito que desvirtuar o significado superior que o trabalho tem para a espécie humana. É mais um legado negativo que deixamos para os nossos filhos, Mas eles, que são doutores e engenheiros que descalcem essa bota. Tal como já têm que descalçar outras semelhantes, que lhes legámos, se é que não as inventámos nós.
Pobres ingénuos que fomos, Tivemos o pássaro na mão e achamos que era maná, e comemo-lo.
POBRES TOLOS!!!!
        

                                  António Capucha

                        Montijo, 27 de junho de 2012
               

segunda-feira, 25 de junho de 2012

dúvida plausível






Dúvida plausível



Descuidei-me um pouco ao Sol à porta da casa de Peniche, e reavivou-se uma das malditas feridas que ditaram a minha sorte no último ano Velhacas como haverão poucas, levaram sete meses a fechar e custaram-me uma perna. Na primeira oportunidade aí estão elas a reclamar a primasia nos cuidados. A queimadura do astro rei,anulou o breve revesrtimento de pele que tinha, e pronto, só que desta vez não lhe dou um milímetro de avanço, já tem o competente penso.

Tenho pensado últimamente,muito sobre a eventual sorte que tive no meio disto tudo  (será que o foi?) Há pequenos nadas que remetem o desfeicho do coma que me acometeu em S. Marta por três semanas, cujo resultou benigno quanto a sequelas, num quadro médico de todo improvável ao resultado de tudo isto. Milagre? Acho que não Deus não me parece personagem para se compadecer de ateus empedernidos. segundo a minha tia Odete que me segiu em todo o processo a reanimação este arrancar do meu ser ao mundo dos mortos, é fruto do meu querer absolutamente indómito e da capacidade do cérebro se sobrepor aos restantes elementos. Isto apesar de ter sido reanimado algumas vezes pese embora o facto de a medicina não encontrar explicação para outro desfeicho, que não o ter ido para os porcos. É facto que a memória não é minha, que a não tenho! Mas rezam todos os testemunhos credíveis, que várias vezes a família foi preparada para o pior. O estar aqui melhor do que nunca, numca será escrarecido. Vou ter que arcar e arrastar até ao fim dos meus dias esta dúvida que me queima a lógica dum discíplo da prevalência do explicável sobre o isotérico.  Só há necessidae de criar mística, quando não somos capazes de explicar racinalmente seja que questão fôr. E o facto de eu não encontrar uma explicação que me satisfaça para a minha vida tão manifestamente exuberante, Não estou satisfeito, pronto! 


                    António Capucha

         Montijo, 25 de junho de 1012

sexta-feira, 22 de junho de 2012




Peniche


O tempo passa a galope, Já é Sexta Feira de novo e por isso aguardo ansioso a chegada da D. Maria que me levará daqui para um fim de semana cheio de Sol, espero! Peniche de portas escancaradas espera-nos,digo eu, É um dos polos que mais recentemente polarizam as nossas vidas.
Quem como eu Passou mais de seis meses no Hospital deitado e sujeito à barbaridade da disciplina que será inevitável, sim senhor, mas é desagradável e brutal, por vezes, estes fins de semana são um maná que ainda que repetido sistemáticamente na grande roda do tempo, não farta. Nem mesdmo quando, e com já anteriormente disse, a rotina aqui seja benigna.Desculparão por certo aqueles que aqui tão zelosamente me cuidam, mas estar em família, e ainda para mais em Peniche, é demais para ombrear seja com o que fôr.

              António Capucha

     Montijo,22 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Os Putos





Os putos

A já algo distante infãncia, é o passado a que remontam as memórias mais proficuas e produtivas para o homem que hoje sou. Para mal dos meus pecados está tão longe e irrepetível, a não ser no bestunto onde as memórias se impõem à observação do presente. Eis que poderosa os tempos idos resurgem com um poder imenso e uma naturalidade avassaladora. Dos jogos de futebol, com uma pedra como bola, e as sargetas como balisas que mudavam aos cinco e acabavam aos dez, e, com os sapatos esbeiçados voltava para casa a coser-me com as esquinas para que ninguém reparasse no dislate. Só muito mais tarde vieramos campeonatos do Mundo eda Europa, nem o futebol clube do Porto era ali tido nem achado era tudu muito naturalmentee apenas benfica e sporting e mais nada! O fervor dessas partidas era imenso, canelas esfoladas era mato. O que não havia era ténis, no Inverno calçavamos botas, cardadas ou não e no Verão, sandálias de couro.
Eramos portanto uma geração frugal de meios e imaginativa quanto ás intensões. Uma bola de "catchum" era uma miragem asim como para as meninas a grande ambição ficava-se por uma boneca de psta de papel,pintada de lábios bem vermelhos e olho azul. mas nada nos destruiu, crescemos e apesar de tudo pudemos legar aos nossoa filhos muitos mais meios para poderem expressar a sua criatividade. Só não pudemos legar-lhes uma sociedade mais equilibrada, justa e limpa. Mas naõ é caso para maldizermos esta geração de joelhos esfolados e sapatos cambados que somos.
Digam lá se não tenho razão?



                                   António Capucha


                          Montijo 20 de junho de 2012  

quarta-feira, 20 de junho de 2012


Residências Montepio - Montijo
Por ser verdade e na primeira pessoa

A nossa pequena comunidade de estropiados, incapacitados de modo vário e outros (tantos) simplesmente demasiado antigos para terem a autonomia que tão necessária é para a nossa auto-estima, que ao contrario do que aparenta, continua a ser um valor fulcral da existência de cada um de nós. A expressão prática desta afirmação é facilmente observável se considerarmos a enorme quantidade de nós que recuperou de situações que anteriormente considerávamos absolutamente inultrapassável, fatais como o destino, para lá das nossas energias e vontades. Desde que faço parte deste pequeno clã, aprendi a entender que não há nada mais falso do que isso; e isso não se passa apenas comigo, não sou um caso extraordinário, muito pelo contrário, há inúmeros indivíduos e senhoras que dia a dia superam as suas dificuldades. Todos. Jovens e menos jovens, não desistem. Alicerçados numa disciplina benigna, e no profissionalismo dos técnicos de saúde, diversos terapeutas disto e daquilo, auxiliares, administrativos e Direcção, a que se vem juntar uma infra-estrutura eficaz e adequada às necessidades. Ainda que, por ser minha, esta opinião fosse suspeita, refiro a opinião da minha mulher que acha sem rebuço algum, que, a informalidade que aqui é respirável e se sente fortemente, não faz cair no facilitismo ou no: - não vale a pena-, por parte de todos com quem ela, de uma forma ou de outra, teve que tratar das diversas coisas formais, cujas são incontornáveis. Os profissionais, sem excepção, apresentaram a mesma desenvoltura profissional e informalidade que longe de qualquer intimidade absolutamente escusada, e  descabida, encontrou,  tão somente, simpatia no seu estado quase puro. Mas refere ainda mais a minha mulher: Em todos os contactos é notável a recusa da borucracite-aguda, agreste e estúpida que afecta tantos e tantos serviços a que temos de recorrer. Não diria que aqui me sinto em casa porque me faltam os cães e os miúdos.
Em resumo: Eu e qualquer outro em meu igual, em igual condição, estamos aqui em segurança cercados continuadamente, por toda esta estrutura benfazeja.


       António Capucha

Montijo 18 de junho de 2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012


No castelo do Montijo onde tento recuperar a faculdade que tive desde um ano de idade até ao ano passado, como já em tempos idos referi. Ando a aprender a andar de novo, desta feita apenas com uma perna e o apoio de canadianas. À minha direita por uma larga janela vejo a enorme azinheira do páteo exterior. Estou só na sala onde iguais em condição fazem "bricolage". Hoje é Sexta-Feira e, portanto, vou para casa, espero a chegada da minha mulher que me virá buscar. É um dia mágico, apesar do rigor disciplinar não ser de monta, é sempre um dia diferente aquele em que vou para casa e este não seria diferente.

Longe de ser uma clausura agreste este sítio não deixa de ser uma unidade de saúde e para falar com toda a franqueza está-se muito melhor em casa junto dos meus familiares. Adiando para depois o constante ranger de dentes do meu vizinho de quarto, mais o seu sorriso lorpa para as tele-novelas da SIC que consome todo o santo dia. Hoje porém numa exploração sumária dei com este sítio onde existe um computador e logo me ocorreu actualizar o blogue, coisa que faço com irreprimível prazer. Espero que o meu técnico de confiança e meu filho já me tenha reparado o computador em cujo disco duro tenho quilómetros de textos que não quero ver perdidos. Desculpem lá, mas é Sexta-Feira, dia especial, como já disse, e aqui vos deixo com amizade até à próxima se não for antes.

    

Montijo quinze de junho de 2012



                                                 António Capucha
No castelo do Montijo onde tento recuperar a faculdade que tive desde um ano de idade até ao ano passado, como já em tempos idos referi. Ando a aprender a andar de novo, desta feita apenas com uma perna e o apoio de canadianas. À minha direita por uma larga janela vejo a enorme azinheira do páteo exterior. Estou só na sala onde iguais em condição fazem "bricolage". Hoje é Sexta-Feira e, portanto, vou para casa,  espero a chegada da minha mulher que me virá buscar. É um dia mágico, apesar do rigor disciplinar não ser de monta, é sempre um dia diferente aquele em que vou para casa e este não seria diferente.
Longe de ser uma clausura agreste este sítio não deixa de ser uma unidade de saúde e para falar com toda a franqueza está-se muito melhor em casa junto dos meus familiares. Adiando para depois o constante ranger de dentes do meu vizinho de quarto, mais o seu sorriso lorpa para as tele-novelas da SIC que consome todo o santo dia. Hoje porém numa exploração sumária dei com este sítio onde existe um computador e logo me ocorreu