No castelo do Montijo onde tento recuperar a faculdade que tive desde um ano de idade até ao ano passado, como já em tempos idos referi. Ando a aprender a andar de novo, desta feita apenas com uma perna e o apoio de canadianas. À minha direita por uma larga janela vejo a enorme azinheira do páteo exterior. Estou só na sala onde iguais em condição fazem "bricolage". Hoje é Sexta-Feira e, portanto, vou para casa, espero a chegada da minha mulher que me virá buscar. É um dia mágico, apesar do rigor disciplinar não ser de monta, é sempre um dia diferente aquele em que vou para casa e este não seria diferente.
Longe de ser uma clausura agreste este sítio não deixa de ser uma unidade de saúde e para falar com toda a franqueza está-se muito melhor em casa junto dos meus familiares. Adiando para depois o constante ranger de dentes do meu vizinho de quarto, mais o seu sorriso lorpa para as tele-novelas da SIC que consome todo o santo dia. Hoje porém numa exploração sumária dei com este sítio onde existe um computador e logo me ocorreu
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