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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Soneto à sopa de peixe....




Tome-se uma cabeça de Peixe.
Garoupa, cherne, pargo da praia, até fataça...
O que for... salgado, d'um dia p'ró outro o deixe.
Coza-a, não muito, p'ra que não desfaça

Deixe arrefecer e à mão separe a febrinha 
De peles, osso e espinhas e reserve-o
Na panela faça um refogado com cebola miudinha
Alho e tomate, e sobre ele, o caldo da cozedura verta-o

Junte água até rectificar o sal e junte mechilhão 
Descascado, tal como o camarão e demais bicharada
Dê tempo a que os sabores se fundam como almejo

Junte os bocados do peixe, piri-piri e pimenta à perfusão
Não deixe cozer demais, um golpe de fervura e massada
De cotovelo, coentros picados e a magia dum raminho de poejo.   

                                         António Capucha

                      Vila Franca de Xira, 21 de Novembro de 2013

1 comentário:

Anónimo disse...

De tudo se fazem versos! Os poetas, são assim! Digo eu...