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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Breve e Verdadeira "Estória" do Atleta

Meus caros:

Tal como ficou prometido publica-se hoje o primeiro capitulo da: Breve e Verdadeira "estória" do Atleta.
Bom proveito!!!!

                                         

                                            Breve e verdadeira “estória” do atleta.

                                                                 I Capítulo
                                                  Preâmbulo ou o Povo de Deus

Há muitos milhares de anos, reza a História, que algures por ali, no sítio a que hoje chamamos Médio Oriente, havia uma tribo de pastores de ovelhas, cujos, afagavam ternamente as bichanas e apedrejavam selvaticamente as suas mulheres. Filhas, irmãs e até as próprias mães, todas por igual levavam na corneta…. Das razões é que a História não reza e pelo simples facto de a História ser sempre escrita por quem malha, e não por quem é, ou foi malhado.
Era este pois, um dos comportamentos típicos deste povo tisnado e de narizes aduncos, que, não se sabe porquê, dizia de si próprio ser o povo eleito.
Não parece credível que a prática eleitoral fosse do conhecimento deste remoto e inculto povo. Razão pela qual a qualidade de “eleito”, me pareça um tanto arbitrária.
Mas este orgulhoso e santificado povo, não se limitava a essa pequena vaidade, tinham que ter um Deus, não um qualquer Deus…. Eles tinham O Deus. E para o comprovar socorriam-se de um calhamaço, a Bíblia, um livro vindo não se sabe bem donde.
Como ignoravam a escrita não terão sido eles portanto, a escreve-lo. Julga-se que o livro, cujo, não passava de uma publicação tipo Tio Patinhas da época, terá sido “aliviado” a algum erudito de passagem.
Ora estes pastores levaram-no consigo, sobraçado no seu vaguear pelo deserto, porque aquela coisa era efectivamente volumosa e eles ainda não tinham construído a Arca D’Aliança. Para tal criaram um grupo de entre eles que o transportava à vez. E inventaram uns rituais e salamaleques antes de lhe pegarem e, quando tudo indicava que deviam ter sido chamados de carregadores do calhamaço, não! Inventaram chamar-lhes sacerdotes ou Profetas. E deram-lhes lugar de destaque na cadeia de comando bem como, passaram a sustentá-los como “burro a pão-de-ló”.
Continuando.
À falta de melhores recursos os labregos viam os “bonecos”, e ficavam fascinados com a beleza das iluminuras, que de tão expressivas, se prestavam a imensas “leituras”.
Com efeito, destacavam-se várias figuras de velhos barbudos de olhar furibundo. No qual viram sem sombra de dúvida a “pessoa” do DEUS. Às cobras/mulheres e mulheres/cobras, bichos avulso e coisas do arco-da-velha, estava-se mesmo a ver que eram a personificação do MAL… O diabo.
Assim num ápice ficaram lançados os dados de um jogo (entre o bem e o mal) que havia de durar Séculos e que aliás ainda p’rái está, p’ra lavar e durar.
Mais…. Gente habilidosa, tirocinada e culta, continua ainda hoje a ver naquela salganhada o mesmo que os tisnados e burgessos pastores…. Feitios!!!!
Como não eram nada parvos, eram só ignorantes, criaram as Divindades à medida do seu próprio entendimento das coisas. Mas embora tudo levasse a crer que sim, sustentaram que não senhor…. O Senhor Deus é que nos (os) terá criado à Sua imagem e semelhança, diziam… Espertos heim!!!!!
E como é evidente tal parecença destinava-se a conferir ao homem, leia-se: ao macho, a predilecção Divina. Logo o poder discricionário que podia ir como até então ocorria, do despotismo à violência.
Agora não sei como dizer… se eles eram como o Deus, barbudos de olhar furibundo e de justiça implacável, ou se era o Deus que era como eles. Todo poderoso furibundo e déspota. Uma coisa era certa, as mulheres não valiam um pataco e eram até apontadas como a origem ardilosa do pecado. (cobras e bichos)…. E havia também os Querubins que correspondiam aos meninos machos, cujos eram descritos assim como uns rosados leitõezitos com pilinhas minúsculas e asinhas nas costas. As ovelhinhas, essas, passaram a ser o Cordeiro de Deus…. Pouca imaginação como se vê…. Limitaram-se a decalcar a sua prosaica realidade social.
Definidos os preceitos, mais a sua própria teoria da criação do Mundo cuja obedece a um intrincado enredo cheio de peripécias, que não vale a fadiga de as descrever e ao estimado/a leitor/a é-lhe poupada a empenhada atenção que forçosamente teria de ter para a entender. De resto não vele a pena porque, eram e são, apenas detalhe. O essencial foi o que em verdade, em verdade vos disse. A praxis era naturalmente, a corresponder: Curiosidades… Porquês…Inovação… etc…etc, não eram lá muito bem tolerados. E tabus como o sexo, então nem é bom falar…. Não o acto sexual, mas apenas o sexo, que cada um de nós tem e é uma boa parte da nossa natureza e da nossa condição de SERES HUMANOS. Até esse era olhado de soslaio… Caramba pá…. Não podíamos muito bem ser todos iguais, rosnavam entre dentes… Tínhamos cá as nossas ovelhinhas e “prontes”… Esta grave disfunção social ficou bem expressa na nova Constituição Sagrada já que, segundo o “Holy Book”, a mulher enquanto ser, não foi criada de raiz por Deus. Não senhor!!! Foi feita a partir de uma costela do homem como um clone… Um ser de segunda.
Logo, fruto dessa desconfiança o sexo como tema globalmente considerado, foi ainda mais “tabulizado” do que antes era, quando eles ainda eram selvagens…. E foi civilizadamente substituído pelo recato, sobretudo o feminino, como virtude primordial.
Nem às crianças era permitido brincar aos médicos, aos maridos e assim….. Que grande có-có!
Está bom de ver que as jovens mulheres da tribo do “povo eleito”, deitadas na esteira, nas noites estreladas, negras com’á fominha, mordendo os lábios e apertando os joelhos, lá iam conseguindo cumprir os “cânones”, isto porque a alternativa era o apedrejamento. E os primeiros a atirar pedras, eram os pais e irmãos. Uma barbaridade. Mas é o que manda o livro!...
Às mulheres casadas, Já era permitida qualquer coisita, mas com contenção, sem excessivas manifestações. Para falar verdade, durante o acto, tão assexuado quanto possível, tinham que gemer p’ra dentro e mexer apenas os olhinhos. Gritos, estavam fora de questão!!!!
Estas, quando noivas, levavam como dote, ovelhas já se vê. E por vezes estavam anos inteiros sem ver o pastor, o que as levava a transes complexas com Anjos, (outros artistas que eles acabaram por inventar) de que resultavam “prenhisses celestiais”, de maridos ausentes e já em plena andropausa. Bom… Adiante….
Quando estavam no Egipto a infernizar a vida aos esfíngicos locais, rogaram-lhes tanta praga que eles preferiam esconder-se em sarcófagos a ter de enfrentar a fúria do Deus dos Hebreus.
Ao fim de longas e tortuosas negociações, passaram de povo escravo a povo nómada e acrescentaram mais umas tantas páginas à Bíblia Sagrada. Neste processo destacaram-se mais uns quantos Profetas, a engrossar o livrinho. Moisés, Josué, Alberto João Jardim, Paulo Portas, etc. Foram estes entre outros, os timoneiros dessa saga hercúlea. E a excursão prosseguiu, por montes e vales atravessando desertos e rasgando mares, na busca daquilo que julgaram ter visto no livro sagrado: A terra prometida pela PAC – Política Agrícola Comum – A terra do leite e do mel…
A certa altura, vendo-os perdidos, Deus deitou fogo a uma mata no Sinai para lhes indicar o caminho para a sua nova Pátria. A mata ardida deu lugar ao deserto do Sinai, uma das mais inóspitas regiões da Terra. De permeio Deus ditou-lhes as normas fundamentais do bom cidadão. Eram elas três e ficaram conhecidas como: as Três “mandações”, são elas: I - Afagarás a tua ovelhinha, II – Apedrejarás a tua mulher, III – Darás porrada nos teus vizinhos.
Foi então que construíram uma arca em ouro onde passaram a transportar o “calhamaço”. (1)
Volvidos uns quarenta anos a andar às voltas e apesar disso e da perseguição dos Faraós, lá deram com a coisa.
Como o território já estava ocupado, tiveram que andar à porrada com os locatários e vizinhos (Ainda hoje desancam metodicamente, os pobres Palestinianos, para lhes ficarem com a água). Destacou-se nessa luta, um tal David, que derrubou o gigante Golias, cujo, teve morte de passarinho. Ou seja: com uma pedrada nos cornos. Por este facto, veio o franzino David, a ser Rei dos judeus.
Julgam alguns historiadores, que o facto de o pequeno vencer o forte, esteve na origem do popular desporto conhecido por Judo, onde o fraco também suplanta o forte, usando exactamente a sua, dele, força. Com absoluta verosimilhança, diga-se. Se não vejamos: o nome Judo, deriva do termo: Judeu. O tempo encarregou-se de alterar, de judeus para judocas o nome dos seus praticantes. Como sugere a palavra, judoca, é um judeu baixinho e de olhos amendoados. Prossigamos….
Os eleitos, nunca se soube por quem, acabam por assentar e foram cimentando a sua civilização na vertente patrimonial. Conquistaram novas pastagens para as suas queridas ovelhinhas e alargaram de tal forma a sua influência, que constituíram um poderoso Reino a que Deus mandou que chamassem Israel. Mas toda a gente conhecia os novos locatários por judeus.
Para os salvar dos pecados do mundo, ao invés de deixarem de prevaricar, os espertalhaços inventaram que um enviado de Deus á Terra, Messias de seu nome, cujo, os levaria à salvação e á vida eterna. Nada mal, heim….
E assim viveram Século após Século, Na paz do Senhor.
Até que os romanos resolveram intervir com vista a normalizar o mercado do petróleo…O afilhado de Nero – Mohamar kadafy - Mandou invadir a Judearia.
E para variar, desta feita, os judeus levaram p’ra tabaco… Mas ainda lhes restavam as ovelhinhas e as gajas para apedrejar…Foi talvez a única colónia romana, onde o circo não substituiu o desporto local. Como a terra deixou de ser deles, já não havia vizinhos para desancar, pelo que passaram a andar à porrada uns com os outros, quando não estavam a apedrejar alguma vadia, ou a afagar as ovelhas.
Os romanos, achavam que aquilo não era normal. Mas para não levantar ondas, fechavam os olhos.

(1) Ver no Google. Basta digitar: arca da aliança Ou ver o filme do Indiana Jones.

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