O caudas é a alcunha que o meu filho pôs ao cão que há mais tempo está cá em casa. Veio de pequenino ainda a mamar de biberom mas já era um animal boliçoso que veio a confirmar-se ser, tinha já quando veio uma cauda ridiculamente pequena, que ostentava espetada, o que era um desafio para o meu filho mais novo que ficou fascinado com o apêndice do animal... Tiveram lugar diversas acções de torção de beliscões e outras torturas, do ornamento terminal da coluna do cão, que recebeu o nome de: Timom. Escusado será dizer que ele e o miúdo, desenvolveram uma relação especial que se mantém até hoje, e já lá vão quase dez anos. Comiam juntos brincavam juntos num ritual muito próprio e naturalmente recebeu o cognome de : Caudas. Bulia com ele aquela coisa curta e espetada como uma antena de carro. Era um coisa digna de se ver, observar, a alguma distância. Mas os ritmos de vida , melhor os bio-ritmos do ser humano e do cão são diferentes, O miúdo fez-se um belo rapaz em dez anos e o animal tornou-se pachorrento e lanzeirão. Mas só que o ritual continua só que o cão quase já nem liga aos apertões, beliscões e etc. fica impávido e sereno a pachorrentar. Lá se diz com alguma propriedade, a vida de um cão são três anos de cachorro, três de cão e três de mandrião.... A sociedade canina cá de casa´tem a sua hierarquia bem defenida, mas ele que é o mais velho não consegue defenir-se como macho Alfa à restante existência. O bilinha seu filho não lhe tem respeito nenhum dá-lhe beijos, coisa que ele detesta, rouba-lhe comida e brinquedos, as famosas ovelhinhas, e desencadeiam fortes rosnadelas. O velho leão quer é sossego e paz... Mas quando o pequenino se mete em apertos com outro qualquer canito, a mãe e o Timom vão logo em seu socorro. É bonito de ver.....
António Capucha
Vila Franca de Xira, 4 de Junho de 2013
1 comentário:
Ricos meninos...
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