Uma neblina leitosa da cúpula ao sopé
Cobre a noite como um manto
O jardim dorme, as árvores dormem de pé
Nos seus ramos dormem passarões e tanto
Dormem rasteiras as flores
Nos seus canteiros de corolas fechadas
Por trás da porta dormem meus amores
O sono sereno, justo sem maçadas
Guardo a noite e estas coisas aladas
Sentado no centro do turbilhão de paz
O silêncio pesa mais qu'o meu dinheiro
Cortado pela aragem sussurrada
U...UUU.. Canta doce e fugaz
Na folhagem densa do loureiro
António Capucha
Vila Franca de Xira, 9 de Agosto de 2013
1 comentário:
Beeemmm... Tu andas inspirado! Muito bonito.
Bjs
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