Ai credo.... Hoje acordei com uma dor nas costas que estou aqui que não posso... Conversa tipica de sala de espera de consultório de "analgas" e exambres vários. A minha mulher, apressou-se a olhar-me de olhos muito abertos como que a repreender-me pelo que sabia, vinha a caminho.... E a caminho imparável vinha já a minha habitual expressão de desdém destas coisas.... Não posso com isto.... Conversas destas e revistas da treta e desatualizadas são o tímbre das salas de espera dos consultórios. O sorriso bafiento das recepcionistas e a impessoalidade do atendimento são por outro lado o habitual. Um pensamento irreprimível brota-me: Este gajedo, este mulherio, estas profissionais de salas de espera, o que precisavam era de uma valente carrada de chatices, para então falarem com propriedade. Mas está claro, não me fica bem desejar assim mal a seja quem fôr. Lembro como se fosse ontem, o despique entre duas mulherzinhas, sobre quem delas, tinha tido o pior parto, até que uma arrumou a questão com a seguinte revelação: o meu foi tão dificil,tão mau, que até espirrou sangue no tecto. É claro que a isto a outra meteu a viola no saco e saiu de fininho pela esquerda baixa.... Não vos desejo tal sorte, mas passem lá uns bocados valentes nas salas de espera de consultas, e depois me dirão, durante quanto tempo resistem aqueles ares pingões e discursos patéticos de semelhante fauna.....
António Capucha
Vila Franca de Xira, 10 de Setembro de 2013
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