Uma morrinha e o vento lavam o ar
As nuvens tontas correm-lhe ao sabor
O Sol tímido vai espreitando o Mar
Mas entre todos eles, há uma relação d'amor
Desavindo, como agora, algumas vezes
Fazem juras de não tornar
Sabemos quão inúteis, quão soezes
O são, estas juras, destinadas a falhar
O Inverno perfila-se no horizonte
Não tarda nada e, é noite às seis horas
Não que o relógio encolha
É no entanto mais perto do astro Rei, sua fonte
Seu Rei do elíptico namôro que chuvas choras
São tuas lágrimas o que a natureza molha
António Capucha
Peniche, 25de Setembro de 2013
1 comentário:
Muuuiiito bom!
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