Depois de uma infrugal refeição a puxar pelo apetite de um havano e uma bebida espirituosa, irrompe uma conversa sobre essas coisas de grupos de teatro, daqui da região nossos conhecidos. À conversa para além de mim, estava uma amiga muito querida, também oriunda do grupo de teatro em que militei. A propósito do seu fim assumi a parte de culpa, que julgo me cabe, mas adusi que nestas coisas o drama é sempre o mesmo. Confunde-se sempre autoridade, inegável dos especialistas com responsabilidade de direcção do grupo que pode e deve ser natural. A encenação, e cenografia etc., têm a sua importãncia mas não devem ser confundidas com a direcção do grupo, nem a direcção do grupo deve interferir nos aspectos técnicos e artisticos que não lhe cabem... Sem essas premissas os grupos sejam de teatro ou do que quer que sejam, estão condenados a um fim a curto prazo. E em minha opinião foi exactamente o que se passou com o nosso grupo que apesar da sua expressão artistica de nivel superior, não resistiu à erosão destes principios básicos, isto é : uma deficiente estrutura do quem é quem e quê, no seu ceio. É um erro comum à maioria das empresas em portugal, e do país, ele mesmo, a padecer, deste erro de palmatoria, de tão primário e idiota que é. Mas voltemos ao nosso velho grupo de teatro. Confundiu-se autoridade técnica com autoridade directora de grupo e isso foi fatal porque um bom técnico, pode não saber liderar e, da mesma forma, um bom lider pode ser inferior tecnicamente. Dado que o tipo de problemas e a sua resolução são óbviamente diferentes..... E os problemas mal resolvidos ou simplesmente escondidos ou esquecidos, rebentam sempre com grande estrondo, e quando é menos oportuno. Sei-o seguramente sabido agora que já não há remédio....
António capucha
Vila Franca de Xira, 26 de Outubro de 2013
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