O meu coração amarrado ao peito
Parte em demanda com a cicatriz do enfarte
A pesar-lhe o rabo que arrasto a direito
Pelas nervuras do caminho daqui aquela parte
Talvez me pese o pé saltitão
Me resvale a muleta manhosa
Mas o velho coração de leão
Vai na frente em marcha sinuosa
A troar trombetas "busas" e tambores
Numa algazarra infernal
Sai da frente óh labrego, vou a Mória
Qu'eu vou ali já venho, óh meus amores
Levo o farnel aqui no burnal
E no olhar a tua imagem de memória
António Capucha
Peniche, 16 de Outubro de2013
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