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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Perora!... Perora!



Retomemos então, interrompido que foi, o “parlapiê” ao acaso. Tinha que interromper. Numa terra como esta, onde à Segunda Feira pelas 13H00, não se encontra uma “tabanca” de frangos assados aberta e a laborar, é obra. Calcorreei toda a santa terrinha à procura de uma refeição rápida porque mais logo, o mais tardar amanhã cedo, vamos de férias. E dava-nos jeito não nos ralarmos com a comida, a meio das arrumações que estamos a fazer.…. Mas como ia dizendo neste ninho de ratos que é Vila Franca, teve lugar, imagine-se, uma estreia de teatro senhores. E claro tinha que perorar sobre isso, ainda que assim cortasse o fio à meada da discorrência anárquica que vinha trazendo pela arreata. Revi uns quantos amigos d’antanho, mas após breve troca de palavras percebi que estavam invariavelmente, Mais gordos, mais grisalhos e mais estúpidos. Porque muito seguros de si. Sinceramente preferia-os com os seus conflitos de crescimento e crises de identidade, de quando privávamos mais, e éramos todos mais novos, muito embora eu já só o fosse em espírito… Rondava eu os trinta “e-ans” quarentas, quando eles começavam a descolar da “punheta” e a descobrir que bom é ser gajo…. Sem ser escravo dos “clichés” machistas. Coisa que só tem um defeito. A saber é intelectual  e ideologicamente,  a posição correcta  a cultivar sobre o assunto, mas é aquela que singularmente não agrada por aí além às mulheres. Que parecem gostar mais de personagens de mistério com um “piquinho a desprezo” por ventura porque lhes dá oportunidade de pôr em prática a sua vocação para vítima indefesa… Predicado a que muito poucas sabem resistir. Óh como as conheço….. E, tá bem prontos…. O que eu sofri enquanto não entendi esta e outras manobras… É cavalheiresco proteger a virtude das “mezeles”, ainda que elas considerem virtude, dar asas à libido. Ou como diz a fadista Cidália Moreira: num fado bem fadado a seguinte frase: Bate naquilo que é seu, ninguém tem nada com isso…. Naturalmente a referir-se a uma trepa que terá levado do seu companheiro. Depois querem que o fado seja património cultural da humanidade….  Ainda assim, não há amores como os canalhas de faca na liga e emoções fortes. E reconciliações violentas a sublimar as peripécias de faca e alguidar….. Das traições torpes aos perdões lorpas…..
Enfim a literatura está cheia de aldrabices a esse respeito. Um dos "aldrabões mor" até disse: Como é diferente o amor em Portugal….
Palhaço e aldrabão confesso….Morra ele, morra ....Pim

                                António Capucha

                   Vila Franca de Xira, Julho de 2011 

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