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sábado, 8 de janeiro de 2011

De vez em quando…

Pablo Picasso- D. Quixote

De vez em quando….. Vá lá…. Eu sei que custa mas..... Deves essa verdade aos teus leitores! Pronto está bem!!!
- Não é de vez em quando, mas … O mais das vezes, temos as emoções reflexões e outros produtos bio-cerebrais em tamanha confusão que se torna difícil extrair algo comunicável, inteligível. Dessa amalgama toda….. Mais…. Esse estado de “estupidagem” pode durar sei lá que tempos. Nada de muito dramático se a nossa tarefa for andar por aí perdido na vida. Agora se temos peneiras, que somos comunicadores, fazedores de “estórias” inventadas que pareciam ser debitar, debitar e mais debitar, num fruir constante e sereno…. Então isso não é dramático…. É mortal…. De muitas mortes…. Uma por cada coisa que á velocidade da luz nos cruza os neuro-sensores sem se deixarem identificar… É assim como estar a construir um puzle, onde as peças passam num ápice e não voltam… e nós ficamos com ar de “abécula” a contemplar o tabuleiro vazio… como o cérebro de quem o olha!!!!
E dói…. Dói como um amor  ou outra qualquer demanda não correspondida, iludida, ludibriada. E que a toda a hora se nos pavoneia à frente dos olhos em fintas e traições várias e feias. E isso…. Sabeis o que é isso de traições de um amor  ou algo não correspondido? É mais doloroso que uma verdadeira traição… É um quase nada, menos que nada até…. Nada negativo…. Nada -. É a dor de um dente que já não temos…. É sofrer de duas maneiras. Sofre-se por nos faltar um dente, a que temos que somar, a dor em si mesma…. Abominável!!!!
Dos “amores” que temos, se nos atraiçoarem, temos a memória para aquecer a Alma…. Agora dos que não temos, fica-nos tão só um conjunto de sentimentos canalhas, a tal ponto que duvidamos que nós sejamos nós.
Pois é companheiros e amigos. Estou a ser vítima de traição… Não a vulgar traição dos nossos. Mas dos outros que supúnhamos nossos…. Dos que em sonhos e divagações queremos nossos. Os sonhos são nossos. Inclusive o material de que são feitos, logo é tudo nosso…. Sim que os sonhos são matéria…. Que obedece a outras leis que escaparam ao Isaac Newton, um homem também não pode saber tudo, não é verdade!
Podem pois ter como certo, que os nossos objectos de sonho, não podem tirar o “cavalinho da chuva” como se não fosse nada com eles. É  e muito… Na pior das hipóteses, cinquenta por cento… porque se não fossem o que, e quem são, não seriam eles que povoariam os nossos sonhos….
Os sonhos são portanto propriedade colectiva…. E por mais prosa cinzenta que usem para me adormecer, ou estratégias, para me “chamarem à razão”, desta, ninguém me tira.
Fim de peroração!
  
                    António Capucha
      Vila Franca de Xira, Janeiro de 2011

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