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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

VIVAM OS HOMENS VIVAM, PIM…

Ricardo Reis e Álvaro de Campos, imaginados por
José de Almada negreiros

Julga um fabiano que a sua idade traduzida em experiência o mantém ao abrigo das partes gagas das relações entre gajos e gajas, mas isso é apenas mais um detalhe das muitas surpresas que me estavam reservadas para o início desta etapa da vida que se convencionou chamar a “terceira Idade” ou a idade da razão….. Palavras….. Apenas palavras!!! Razoavelmente baixo, mesmo baixo, só o metabolismo. Ao alto continua a inquietação, como diz o poeta: Cá dentro inquietação, inquietação/ É só inquietação, inquietação/ Porquê não sei, porquê não sei/ porquê não sei ainda…..
Talvez mude o quilate, mas a questão é a mesma de sempre…. Se pesando bem as coisas, centrando-nos sobre a razão e reduzindo a paixão ao seu verdadeiro lugar, nos permitimos chegar à conclusão da ignominiosa, insalubre e imbecil expressão do machismo prevalecente, como recentemente vimos. (“Poste” anterior: Comer gajas). Também há que refletir sobre a verdadeira “Linha Maginot” com que o “gajedo” cerca a sua suposta virtude, e tão ineficaz como a original, porque apenas cobre algumas das fraquezas defensivas dos caminhos que levem à virtuosa depressão, ou boca do corpo, “parreca” ou o que se queira…. O nome é o que menos interessa. O que interessa e vale, é que é tal a sua  importância, que até leva a tratados de moral usos e costumes, filosofia avulsa e aos pacotes e até, Pasme-se, Até a insuspeita e exclusivamente máscula teologia, lhe reserva grossa fatia de perorações…. E não se pense que estou a falar do sexo dos anjos…. Não! Mas já viram quantos rios de tinta foram gastos para autenticar a virgindade da Senhora Virgem Maria? Símbolo maior, que se estende da maternidade à simples condição feminina.
Ora, uma pequena parte deste insondável mistério é investido em cada cachopa que brota para a vida adulta…. Mas e tal como a famosa “Linha Maginot” ao invasor fica livre uma larga faixa de taran-tam-tans, que sabemos todos e sobretudo as actrizes e actores de circunstância desta trama, que quem se apresentar por ali, já se sabe ao que vem….. Depois ele continua no seu desempenho meticuloso e ela consoante o seu querer, e não de outra qualquer coisa, procede em conformidade, claro, sempre dentro da decente e nebulosa faz de “contisse”. Aquele: Có-có–ró-có-có, suscita no outro: o homem, a famosa máxima: Um homem não é de pau…. E felizes da vida comem o cesto cheiinho de macãs…..
Às Srªs Gajas, valha a verdade, cabe sempre a ultima palavra, salvo questões de estupro, que não ignoramos, mas deixamos reservado para os noticiários da TVI, em vez de virem p’raqui estragar-nos a “Estória” toda….
Como a principio sugerimos, a idade, não nos veda ou faz passar uma esponja sobre estes assuntos. Mas, dada a capacidade de julgar com razão, filtrada que está a paixão, esta reflexão, pode reverter o sentido tido e havido por conveniente, das relações que o chamado senso comum atribui a gajos e gajas….. Eu por mim falo…. Sintam-se repesas as gajas em questão, de que fui e fomos todos, vítimas. Nem sempre de exclusão, é certo… Mas deste jogo sem regras e viciado que nos obrigam a jogar, já a saber que vão “cortar para canto” a bem da decência e da sua falta de tomates, evidente falta de tomates….
Afinal nós os homens, somos quem por fim, apesar de acusados de falsidade, acabamos por proceder de espírito e peito aberto…. Sem sofismas…..
E às Senhoras mulheres, venha o mais pintado e tente esclarecer em nome de quê acabam por ceder ou não… É assim uma espécie de por tudo e por nada…. Portanto:
-  VIVAM OS HOMENS – VIVAM, PIM….


                          António Capucha

          Vila Franca de Xira, Janeiro de 2011

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