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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

La Lys II

Corpo Expedicionário Português

Ruço de “má” pêlo, quer casar não tem cabelo! (Era um dito que a minha pobre mãe muito usava....)
Que bom que nós somos maioritariamente latinos de bom pêlo, cujo se vê bem ao longe, Bem castanho escuro, quase negro…. E para casar até temos "pôrras"…. São assim aos molhos as “franciúas” a quererem casar connosco, dizia o meu avô materno que esteve em França, no famoso Corpo Expedicionário de Infantaria Portuguesa, na 1ª Grande Guerra Mundial. (!914 – 1918) Onde combateu e sobreviveu à batalha de La Lys… Foi um dos poucos sobreviventes, já que os nossos foram quem sofreu  as mais pesadas baixas entre os derrotados Aliados…. Já nesses tempos éramos os rebenta minas da Europa. Os nossos avós morreram como moscas naquela batalha que se lutava galgando de trincheira em trincheira e ficando o mais das vezes entre elas, em estertores de morte.
A saraivada de tiros a que não faltava o poder das explosões e fragmentação dos obuses, fazia com que quem se atrevesse a saltar da sua trincheira para se apossar da seguinte, defendida pelo adversário, lhe acontecesse o mesmo que a quem anda à chuva: molha-se…. No caso morria-se, fundamentalmente
Temos pois, que o milagre da vida em mim, é ainda mais milagroso, se assim se pode dizer.
Uma boa parte dos meus Genes arriscaram-se, na melhor das hipóteses, a ser meio franceses. 
Ainda segundo o meu avô, elas eram quase todas ruças, de “má” pêlo, portanto, o que teria sido dos meus adereços latinos se.!?!?!?..... 
O bom do Zé Vaz Antunes, gabava-se de lá ter deixado as suas desgraças feitas, em segurança claro… Com doses de permanganato adequadas, que isto, quem vê caras …. Não vê pardalas…. (não é bem assim mas dá para entender) É que as mademoiselles, não resistiam aos seus olhos castanhos e aquele ar de Herói da Guerra, vindo de tão longe para defender a terra delas…. Não se tratava portanto de despojos de guerra, mas de cumprimento do dever diplomático de concorrer para o cimentar e aprofundar do espírito de Aliança que tal como hoje varre a Europa de Leste a Oeste e de Norte a Sul. E por acaso, tal como naquela altura, nos cabe agora a nós,"malhar como tordos", sem que se adivinhem os  favores das “meseles”, que não seriam em vão, como então também não foram.  Mas a defesa dos interesses da União, pois então, contra os jogos de guerra das agências “amaricanas” de “rating” contra a Europa dos Ruços de “má Pêlo", de novo nossos Aliados, chama-nos à liça, para que morramos como heróis, que é, pelos vistos, a nossa sina de portuguesitos valentes....
Cem anos depois, lá estamos de novo nos “cornos do boi”, que por acaso também tem olhos castanhos como os nossos. Esperemos que fiquem por aqui as semelhanças….
E foi assim que regressado então à sua Beira Baixa, venéreamente salubre,  aquele que viria a ser o meu avô, se dispôs a constituir prole. Da qual, entre várias dezenas de Antunes me conto eu próprio, que apenas posso de mim dar conta de uma vida muito menos sobressaltada, pelo que tenho que inventar, com recurso à muita manha, que só se adquire com uma vida ociosa, e  assim lá vou segregando a coceira de sarna, indispensável a quem acha e quer, dizer algo a alguém.  
Os ruços continuam a ser gente de “má” pêlo…. E nós, bem , nós com o nosso “decor” latino, até temos o Sócrates e o Cavaco, que tão bem nos representam.!?!?!? (ainda que faltem  peitos ao nosso primeiro) Pelo menos representam-nos tão bem como a raquítica, marreca e sem pescoço da Angela Merkel e o pisca-pisca pimba do Sarcozy, representam os de “má” pêlo…..

                                       António Capucha
                      Vila Franca de Xira, Novembro de 2010

2 comentários:

Anónimo disse...

o resto da família também é assim tão inteligente?

António Capucha disse...

"N'tralmente"