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| D. Arminda - Peixeira de Peniche |
Já cheira a fim de férias, também uma semaninha é pouco, e Peniche é sempre muito. Que me lembre nunca fiz férias, por mais longas que fossem, em que tivesse feito tudo o que tivera antecipadamente planeado. Sempre ficava na gaveta uma ida à Berlenga ou um volta pela Papôa, ou uma noitada de pesca. Agora que tudo isso me está vedado, recordo as oportunidades perdidas.... Bem torço a orelhinha, mas não deita nada... Quando temos saúde e condições normais de locomoção e outras, esbanjamos energias em patacoadas, sem sentido. Agora que quase tudo isso me falta, sei dar mais valor às pequenas coisas, e é curioso estou mais observador e atento às pequenas variações das pessoas e coisas. Exemplos não faltam, mas abundam e perdominam as qualidades arquitectónicas das urbes... Acessibilidaes á frente. A preocupação das Cãmaras, e Juntas de Freguesia em rebaixar os passeios nas passagens de peões, a acessíbilidade dos edificios públicos, é vital... Por exemplo o Mercado municipal de Peniche é um péssimo exemplo de acessibilidades. O peixe Ex-libiris da terra fica inacessivel a quem tenha dificuldades de locomoção, e é incómoda para a maioria das pessoas, o meu filho deu uma palhaça escada abaixo... E lembro a escadaria como sendo bastante escorregadia.... Vir a Peniche e não ver peixe é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa. Não digo que destruam o mercado e construam outro com outras condições, mas acredito que com um pouco de jeito ser possível melhorar as coisas. Anulando as escadas de acesso ao 1º Andar, quase se arranja o mesmo espaço que as peixeiras costumam ocupar, episodicamente outros espaços são ocupados no 1ªandar, mas como disse é episodico e quase sem expressão, por certo se arranjaria um concenso....
António Capucha
Peniche, 13 de Julho de 2013
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