Amo tanta coisa e tanta gente, que devo ser um romãntico. Espero é fugir à vulgaridade do romantismo dum Júlio Iglésias ou Tony Carreira ou assim. Mas efectivamente amo, a minha mulher e os meninos, a vida, a natureza, mesmo pálida que esteja, o jardim de Peniche, a sua roseira de S. Terezinha, a sombra do pinheiro o Sol desbragado o feroz, o Mar bruto ou manso, os peixes prateados ou vermelhos ou seja de que cor forem, até o vento que tempera a tarde como o sal tempera a comida..... Mas não gosto e seguramente não amo consultas médicas hospitais e outros que tais. Muito menos Urúlogistas a martelar-me nas partes pudendas. A tentarem encontrar o olho do cu e a Feira de Borba, num relatório duma TAC. "Filha da puta" da TAC, que vê o que Deus não vê.... Que raiva.... Os idiotas deliram com tamanha inconfidência, mas eu detesto! No Tempo em que, o que a olho nu não se via, não havia, já lá vai... O que é que esperavam de um fabiano que tivesse estado com uma algália enfiada , sabeis onde, durante nove meses? Nada de bom pode resultar daí.... Mas o esperto da Tac acha que viu qualquer coisa, não sabe o quê... Isso intranquilizou a D. Anita, meu amor primeiro, que logo me aprontou esta merda de consulta. Não fosse pelo amor que lhe tenho e não ia mesmo.... Ainda assim .... Viva o amor!!!
António Capucha
Vila Franca de Xira, 16 de Julho de 2013
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