A peça publicada ontem, versa o tema da guerra colonial. Foi o facto mais marcante do Século passado, e, as suas contradições deram origem ao "Vinte Cinco de Abril", fronteira da liberdade. Data Histórica da maior relevância, levada a cabo pelo Movimento dos Capitães, no fundo por todas as forças Armadas, que já não puderam aguentar tantas contradições geradas pela guerra colonial. O fascismo português não era muito diferente dos outros povos colonizadores, mas era bem mais estúpido e autista. A Inglaterra, a França, a Bélgica, a Holanda, não eram colonizadores mais frouxos que nós, também tiveram as suas guerras coloniais. Só que duraram menos e terminaram diplomaticamente, com muito mais vantagens económicas que nós, foi a estratégia do neo-colonialismo. O fascismo Nacional nem para isso teve habilidade, apesar das pressões internacionais do isolacionismo expresso na ONU; foi-se mantendo irredutível, a política do "orgulhosamente sós". Miopia que lhes terá custado a Revoluçao de Abril, com a consequente queda do fascismo. Que fruto de outro tipo de contradições, nos trouxe a esta situação longe de ser brilhante. Um dia quando tiver paciência reflectirei sobre este tipo de equívocos que nos trouxeram até aqui. Mas ainda é um pouco cedo para o fazer, as feridas ainda estão abertas, e estar a reflectir sobre este tipo de questões cheios de "betadine", arrisca-se a correr riscos de erro que não quero cometer. Vamos pois, com calma.... Que o papagaio vai alto....
António Capucha
Vila Franca de Xira, 17 de Janeiro de 2013
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