Dia de Reis, manda a tradição que se coma bolo-rei, cujo não era esta coisa furta-cores que é agora, mas es curo adoçado com mel ou melaço e tinha frutos secos, beber jeropiga e cantar, não o "tiro-li-ro", mas as janeiras. E acabar com as broas de mel e aniz, mais as filhós do Natal. Com o tempo, foi-se perdendo o significado desta festa, perdida na voragem comerciante do Natal. Seria hoje quase impossível restabelecer esta data-festa, que aqui ao lado, em Espanha, por acaso ainda mantém a importância, é hoje que as crianças recebem as prendas que os nossos petizes receberam no Natal e os nossos tetra-avós, nem isso. Os festejos desta época do ano celebravam o solesticio de Inverno e o ciclo interminável das actividades rurais, a eterna renovação e fecundidade da Terra e dos Homens que dela viviam. E de que já muito poucos ainda vivem, porque a Europa, isto é, a Alemanha, a França e o Reino Unido, não querem. E nós andámos a engordar porcos, que fingiam ser agricultores para receberem os subsídios para não semear.E a fechar as fábricas texteis para não, tirar o negócio à China, que tinha que comprar as máquinas ás Alemanhas, às Franças e às Inglaterras...... Agora estamos sem aparelho produtivo, e a ter que pagar aqueles que fizeram a nossa desgraça. Custa a engolir.... Espero que numa volta apertada, daquelas em que a História é fértil, estes países fiquem na merda, que eu ainda lhes mijo para cima..... O que nos estão a fazer é inaudito.... Vergonhoso....
António Capucha
Vila Franca de Xira, 6 de Janeiro de 2013
1 comentário:
Feliz Dia de Reis
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