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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Quem és tu, vadio?



Quem és tu vadio do caraças?
Sempre o fui. Mas em alguns aspectos. sou tão terra aterra, que mete raiva, estes dois eus, coabitam serenamente neste corpo sem jeito, que já foi disforme de gordo, e agora continua disforme apesar de mais magro. Mas a questão nem é essa.... A verdadeira questão é que parece mentira dos aspectos tão díspares fazerem parte da mesma personalidade.Do ponto de vista cerebral digamos assim, sou um vagabundo apaixonado e arrebatado. Assim como um papagaio, apenas ligado ao corpo por uma guita, no entanto o pensamento está sempre alto e longe com'ó caraças, a voar solto e livre. no entanto do ponto de vista afectivo sou estável como um dólo, do pontão de Peniche. Só com enormes investimentos cede um milímetro que seja. O que não quer dizer que ande p'rai com uma venda, ou com um muro na frente. Claro que terei provocado uma ou outra crisezita, mas encontrei sempre o caminho de volta e sem dor. Também a nível das convicções, assim é, ideia que prefilhe é ideia para sempre . Quer-se dizer, quase sempre! Aceito normalmente as mutações da História do pensamento dos homens, mas não cedo a qualquer patacoada, costumo travar-me de razões com a História, antes de alterar um pormenor ou outro. Ceder em toda a linha, está fora de questão. Querem provas? Sei lá, a maior e talvez a prova provada do que afirmo seja o facto de estar casado há trinta e oito anos, com a mesma "mesèle, e não se dá o caso dela ser uma pêra doce, antes pelo contrário, normalmente trás-me bem preso pela arreata e dá pouca "cúmfia". é aquilo a que podemos chamar uma gaja com uns grandes ovários. Talvez seja essa a razão escondida pela qual sou uma pessoa tão mais positiva e cooperante do que era dantes. A D. Maria nunca aceitou outra  ordem de ideias. E é ela por ventura o esteiro em que se baseia a mutação operada na minha pessoa. O Sr. Director, queria uma razão que satisfizesse a sua curiosidade acerca desta minha real mutação. Pois aí a tem, a força incontornável e tenaz que me forçou à mudança. Terá sido a minha mulher, que nunca aceitou outra perspectiva da questão.Nem me permitiu qualquer desvio. É a verdade mais pura que me ocorre. Isto está claro, porque não acredito em milagres. Marreta encartado, hoje e sempre. deixei de fumar, já lá vão uns bons dez anos, porque um belo dia que a História não reteve, resolvi que não fumava mais e assim foi. Com os hábitos de bebida foi a mesma coisa, contrariando tudo o que dizem sobre isso e sem a ajuda de associações, mais ou menos isotéricas, num belo dia resolvi que não bebia mais daquela forma e prontes, parou ali. O que não invalida que quando fôr caso disso não malhe uns púcaros..... Nada de fundamentalismos. tenho horror a semelhantes coisas. E com os cigarros a mesma coisa, não se me dá, abdicar dum bom Havano se fôr caso disso e sem sequelas..... O que tanbém contraria os canons dos moralistas de merda que resolveram que eram juízes destas coisas.
Depois sou um irredutível comuna, isto sem esquecer ou lamentar , antes aproveitar os são princípios religiosos que herdei da minha família, rejeitando apenas os claramente maus, que também ela , a religião, comporta. Sou portanto marxista desde que me conheço, desde a idade da razão, embora tenha desvios importantes em relação a eles, os conunas de hoje. Não são estes os suficientes para mudar seja o que fôr. Não vou agora aceitar esta crise como algo inevitável, só porque é difícil dar-lhe a volta. É e será sempre uma crise do sistema capitalista internacional. Não me venham cá com lérias. É o que a História dos homens um dia dirá. Porque a verdade é como o azeite, o que não é , é sempre tão saborosa....


                          António Capucha

               Montijo, 28 de Agosto de 2012    

1 comentário:

Anónimo disse...

Quer estejas em Londres ou no montijo eu estou sempre onde me podes encontrar.
Ana Maria