A-DEUS. É a "pass word" para hoje.Termo que me causa brotoeja, não porque desprese o sentimento correspondente, antes pelo contrário, mas porque sou um ateu encartado. Felizmente sou de sentimentos fortes, sublimados, e não tenho vergonha disso, pelo contrário, sem este tipo de fragilidades somos menores. Menos poetas... e pelo reverso, não ficamos mais homens, ou mulheres. Ainda ontem uma pessoa muito amiga, achou poesia num pedúnculo de relva, com as suas sementinhas. Bem se diz: Ser poeta é ser mais alto. Há poesia em quasi tudo o que respira. Até se quisermos acreditar, beijamos os sapos todos em que tropeçamos, e em vez de príncipe encantado, fazemos poesia. Ah sim, dar vida é escrever poesia nas nuvens, no Céu, nos regatos e charcos, nos canaviais e num canteiro de lírios. Poesia é dar-nos Nestum. Poesia é deixar rolar as lágrimas pelo rosto. E gostar de ver a pele sulcada, sedenta de carícias. Poesia é virar a cara à chuva e secar os cabelos ao vento. Sonhar acordado um belo sonho de verão quente e de brisas doces e suaves. Poesia é o aconchego do colo de mãe, macio e quente. Poesia é o corpo duma mulher. O sorriso duma criança. Até nós o seremos se soubermos deixar de ser tão materialistas.
Bom, vai sendo tempo de vos dizer: até sempre.... Continuem a fazer de cada acto vosso, poesia!!!!
BEM HAJAM!!!!!
António Capucha
Montijo, 20 de Setembro de 2012
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