Curva contra-curva subida descida, é assim a estrada da vida. Como a estrada que tomamos para Peniche. Assim é até Torres Vedras. Depois é um pouco menos assim mas continua sinuosa. Não perigosa, mas sinuosa, longas planuras, alternam com algumas protuberâncias não muito acentuadas, uma planura final, e o Mar largo, grosso, profundamente azul, como os olhos de uma Deusa do amor, emoldurados pelos fartos cabelos, loiros, cor de fogo, do pôr do Sol. É altura de nos derretermos. De ficarmos sem reacção, de bem conosco e com o mundo toda e arredores. Mas é breve. Dali à próxima curva, vai o passo d'um anão; vai o rei que ninguém quis; vai um tiro de canhão; E o trono é do charlatão..... É entrar senhorias..... Venham ver a mulher barbada, e o homem sem tim-tins..... E o perfume de urina de esquilo.... Tudo vindo agora, propositadamente do Sá-Bá. A bela Sabina na dança do ventre, de partir a Alma!!! E o resto!!!! Tudo por cinco tostões..... As pipocas são por nossa conta. É entrar senhorias .... É entrar..... Por mais cinco tostões a Maga Patalógica lê-lhe a sina. se não tiver sina alguma, ela inventa-lhe uma à medida.... Tem desgostos d'amor? É gorda? Tem a pele seca e encarquilhada? sofre de gonorreia? Calvice? Só para a burrice não há remédio, por mais cinco tostões tem o chá quebra nozes, que quebra tudo o que quiser. Se o amor não lhe assiste, temos o pó de amor impossível. usado pelas estrelas de cinema, e a vida sorrir-lhe-á. Deixe o escuro e atravesse a cortina está em cena sorria e faça vénias, as palmas são p'ra si.
António Capucha
Vila Franca de Xira, 9 de Outubro de 2012
PS.- Sr.ª D.ª Teresa veja os seus e-mail's.
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