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quinta-feira, 19 de julho de 2012

A Virgem Maria e o José Relvas





Em tempos li uma obra de José Rodrigues Migueis, na qual ele resumia as aparições de Fátima a uma casualidade de uma moçoila em viagem para o Norte com um magnata qualquer, que a poder de ofertas consideraveis, convenceu uma rapariga de cabaré a acompanha-lo ao Porto. Teriam parado ali pela zona da Cova da Iria e enquanto o abastado senhor aguardava ela, a moça, cabriolava nas azinheiras. Como trazia vestido um vestido de serviço, branco com lantejolas, contra o Sol era seguramente uma senhora de branco e brilhante em cima d'ázinheira. O que terá desvanecido as crianças que de tão lorpas que eram, decidiram logo ali, que era nem mais nem menos que a Virgem Maria. A princípio, isto era o que dizia o autor. E acrescento que esta versão da História, arrisca-se a ser mais plausível que a versão oficial que ainda hoje corre e arrasta multidões, desvairadas e transpirando fé por todos os poros. Seguiram-se as alucinações colectivas disfarçadas de milagres, do movimento desordenado do Sol, e outras manifestações desenquadradas do comum. A Igreja instituição mestra deste tipo de ambiguidades, começou por achar que aquilo era herético, mas como sempre acabou por render-se à crendice popular. Isto porque sem povo não há crentes, e aquilo já era um negócio de milhões de crentes. Mas os mistérios da fé são mesmo assim! Quanto mais formidável, inverosímil e fantástica, fôr a "Estórieta", mais as pessoas acreditam. não acreditam? analizem os mistérios da religião Católica Apostólica Romana, e digam-me lá com honestidade se acham aquilo possível. E continuamos a achar que a formatura do José Relvas, não tem qualquer espécie de mistério bastaria para tanto que ele argumentasse que tinha pedido Com imensa fé, um milagre á senhora de Fátima , e prontes!!! Tinha logo a concordância de milhões. E não tem. Este é o país onde o povo acredita mais facilmente nas aparições de Fátima, que na possibilidade dele poder gerir o seu próprio destino colectivo. Desgraça a nossa....  


                            António Capucha

                   Montijo, 19 de Julho de 2012

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