Tarde cheia de Sol, as flores elevam o seu sorriso colorido gritando a sua beleza aos quatro ventos. Não está cá a D. Lénia para me dizer o nome delas, mas eu conheço-as de vista, e isso me basta. Ouço-lhes o canto das cores que elas de pescoço esticado lançam para o ar, impregnado do seu perfume delicado e doce. Não lhes disputo o direito a terem nascido assim selvaticamente, às ordens dos ciclos da natureza, antes espero por este momento em que o jardim explode em mil e uma cores e odores. Pois seja como elas querem. É um direito seu, o serem belas ; cheirosas e coloridas é acessório. Já me dou por satisfeito que elas se deixem mirar. Sempre que posso dou uma volta pelo jardim a meter o nariz nas flores como se fosse uma abelha. É Verão. Que hei-de eu fazer?
António Capucha
Peniche, 7 de Julho de 2012
António Capucha
Peniche, 7 de Julho de 2012
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