Estou em Peniche, situação mágica. Tenho esta fixação assim como poderia ter outras, mas esta é benigna. Isso é ponto assente. Mas que querem, já fiz um bocadinho à porta de casa,a sentir o pulsar do jardim, que agora,nesta altura do ano está frondoso, todo florido. Estive também a medir os passos que me separam do peixe grelhado, que conto fazer amanhã. Um belo robalo para a D. Maria e uma carapauzada assada para mim. Aqui são possíveis momentos assentes em quase nada, em vulgaridades, mas que trazem de imediato felicidade, Tão simples e ingénuo como isto! Sem mistérios. Simplesmente porque aqui tenho fácil acesso a coisas que me são difíceis noutro qualquer lugar.
Por outro lado, estar aqui também significa estar de folga , sem obrigações e isso só por si já é algo extremamente valioso, capaz de estabelecer a diferença positiva com qualquer outra situação.
Não preciso pôr mais na carta, não é verdade ficou tudo bem claro. Já aqui falei da minha paixão por esta terra, acho no entanto que pela primeira vez esclareço os porquês, mais comezinhos e mais terra a terra. Isto porque falar da beleza da costa é um exercício mais puxado. Aliás sabe sempre a prato requentado.
António Capucha
Peniche, 7 de Julho de 2012
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