A chuva ronda por perto, pois deixa-la rondar, eu ralado, cheiro o ar que vem do lado do mar e ele dá-me noticias de secura, por enquanto. Há pessoas na praia, enquanto lá longe, ao cair da tarde. Vejo nuvens d'oiro que são os teus cabelos. Fico louco ao vê-los, são o meu tesouro. Lá longe ao cair da tarde. Quando o Sol se põe aqui , incendeia o Céu até onde o céu toca o mar. E o prateado dos robalos e douradas, sarapintam as ondas quando se elevam e encaracolam.
Saudades, sim pois claro, mas mitigadas pela beleza da cercadura. Os seguidores e fieis leitores que fazem o favor de me ler, façam lá mais um favor de me desculpar mas ainda tenho a cabeça no Montijo, e dos que lá deixei a carregarem-me de saudades. Por vezes cedo à tentação de falar directamente para eles.
Isto passa juro..... Isto de falar directamente para eles, que as saudades essas, não passam.
António Capucha
Peniche, 24 de Setembro de 2012
1 comentário:
Pode continuar a falar para nós que nós deste lado escutamos atentamente... :D
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