Endereço do blogue........peroracao.blogspot.com

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Teatro em VFX, já.....



Algures alguém há-de ter-se enganado muito, ou então, somos nós todos os cidadão vilafranquences, que mos enganamos redondamente. Não há uma sala de teatro digna desse nome em toda a cidade. Nem cinema há, portanto não me venham dizer: Áh e tal, é a crise do teatro e tal.... Ou a crise do associativismo.... Enfim, desculpas mais ou menos esfarrapadas.... Apenas um grupo de jovens, teve os tomates suficientes para pegar no Ateneu e desenvolver actividades teatrais. No entanto a sala de espectáculos e desproporcionada e fria, porque enorme. difícil de encher para criar aquele intímismo de que o teatro precisa para se realizar a sua inteligibilidade. Louvo mais uma vez a iniciativa desse grupo de destemidas criaturas. PARABÉNS!!!!! A Cãmara municipal também não pode ser acusada de não criar obra no âmbito da cultura. Temos diversas obras, no mínimo mal pensadas. Veja-se o caso do Museu do Neo-Realismo, Obra mastodôntica e com uma sala de espectáculos minuscula e sobretudo sem palco e teia e outras coisas indispensáveis á realização de uma peça de teatro. Eu sei que quando há vontade até em cima de uma mesa se representa. Mas isto é demais, um átrio enorme, salas amplas e  uma salinha tão pequena que a ser realizado, naquele espaço os actores teriam que mudar de cuecas à frente dos espectadores. Dá a impressão de que, estas coisas são feitas para socializar , isto é : ver e ser visto uns pelos outros , só "fogo de vista" no enorme átrio do Muséu. Depois a sala de "espectáculos" é tão pequena tão intimista que servirá apenas para convívios familiares assim do tipo : "O pai caga-se, e a gente ri-se...." Já o centro comercial era para ter tido uma estrutura para a cultura e juventude e ficou-se pela intenção. Mas cumpriu-se a seu funesto destino: rebentou com o comércio local que era a par das serviços públicos, aquilo que fazia de VFX uma metrópole considerável duma vasta região, que ia de Arruda dos Vinhos à lezíria grande do Tejo, noutro eixo estendia-se até à Póvoa de Santa Iria ido de Alenquer..... Temos todos nós a tendência para o gigantismo. Será para esbater a pequenez e provincianismo das nossas mentes? Ou será para dar expressão ao nosso orgulho desmedido....Desde o Ateneu enorme a que o Maestro Vitorino d'Almeida, foi levado a preguntar para que era o fosso de orquestra, ao que lhe foi respondido que era para trazer cá Óperas... Ao que ele terá respondido que aquilo não servia para nada tal como estava feito. Bastaria, segundo ele, que tivessem perguntado a um carpinteiro do S. Carlos, que ele diria como devia ser feito.... De modo que eu deixo aqui a pergunta a quem tanto dinheiro gasta, para apenas nos pavonearmos, em obras mastodônticas, quando é que resolvem perguntar a quem sabe, como fazer as coisas..... Para quando uma sala estúdio ai para cem cento e cinquenta lugares, e com palco e teia suficientes para levar espectáculos de teatro e enquadrar um grupo da terra, ao principio amador, mas que com o tempo e essas infraestruturas, se profissionalizaria, pois então. Lembro aqui que a cidade de Almada, soube fazer com que um dos principais grupos de teatro independente, o grupo de teatro de Campolide, se instalasse em Almada e é hoje o Grupo de teatro de Almada. Será assim tão dificil???? Matéria humana sempre houve... Haverá ganas?

                                                António Capucha

                            Vila Franca de Xira,21 de Fevereiro de 2013 

Sem comentários: