Igreja matriz de VFX |
O santo sacrifício da saída da Missa, era uma manobra algo complicada e
que nós, os maraus, executávamos na perfeição, ou não fossemos maraus!
começávamos por nos levantar da cama ao Domingo depois de todos. Esperávamos
que saíssem para a Missa e então sim, levantávamo-nos e tomávamos um banho
rápido mas eficiente, vestíamos o fatinho domingueiro, apertávamos a gravata
cinjiamos o colete, banhávavo-nos em perfume ou cólónia e íamos a correr para a
igreja. Juntávamo-nos aí uns seis ou sete pinantes olhos postos na porta do
Templo e aguardávamos a saída dos fieis. O que esperávamos eram as miudas, que
nos procuravam com os seus olhos tão bonitos quanto ávidos. Esta manobra que
tinha o seu quê de complicado, tinha duas razões para ser feita. Primeiro daria
a ideia aos nossos pais, que tinhamos ido à Missa, apenas tinhamos chagados um
pouco tarde e haviamos ficado cá atrás e, consequentemente, tinhamos sido dos
primeiros a sair. O segundo era exactamente o de assistirmos à saída do
"miudame", com os seu vestidinhos acabados de estrear, e de ver a
Deus. Aquelas trocas de olhares era qualquer coisa digna de se ver. Ali eram
combinadas as matinés dançantes, que eram o nosso regalo..... Apertávamos com
as garinas até ao limite do possível. E elas babavam-nos os pescoços, e por
vezes tinhamos direito a um beijo mais inflamado. Escorria amor e carinho pelos
pares assim enlaçados. O pecado era atenuado pela circunstância de elas também
apertarem comnosco machos latinos e ladinos. E sentiamos as suas púbis ladinas
contra as nossas coxas e bacias. Bom sabeis do que se trata , não é assim. e
roçavam-se frenéticas contra o que nos crescera dentro das calças, que nesse
tempo não se fazia rogado para se manifestar. Eramos felizes!!!! O dono da casa
providenciava um lanchinho e o roça, roça era visto pelos nossos pais como um
lanche saudável entre meninos bem.... Mas só nós é que sabiamos o que que por
lá ía. À noite encontrávamo-nos no café "O Tareco", e estava feito o
Domingo dos meninos "pequeno burgueses" da Vila. Mas tudo começava no
" Santo sacrifício da saída da Missa
Vila Franca de Xira,25 de Novembro de 2012
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