De rapaz frugal, comedido, dei em ser actualmente, extremamente exigente. Não me chega uma análise supreficial, uma evidência, raramento o é. Pequenos nadas fazem enormes diferenças, desvirtuam mesmo o seu próprio âmago. É um jogo complicado, este do gato e do rato com os nossos próprios sentimentos. E tem regras muito precisas. Uma das quais, talvez a fundamental, seja a negação do absolutismo. Como dizia o Einstein relativizar é a norma e isso assim é para as órbitas dos planetas, que não são circunferências regulares, mas elipses de progressão relativa. Nem tudo é recto e quadrado no universo das coisas, bem como , nas coisas do Universo. Melhor dizendo, quase nada o é. A aurora boreal resulta de um distorção, uma disfunsão, no entanto é bela. Quantas vezes um defeito, uma irregularidade, é padrão de beleza....No entanto defeito é defeito, e beleza é perfeição. Será? Seria, não fora o sermos nós seres humanos os decisores dessas regras. E a nossa natureza, não é regular, de todo. Aposto dobrado contra singelo, em como os mecanismos da nossa psique, são elipticos, fora da perpendicularidade sugerida, e por vezes aceite como boa. São sinosoidais, não regulares, a sinosoide regular é outra representação de um circulo perfeito, não somos, então, corrente eléctrica alterna, muito menos trabalhamos a pilhas, em continuo, em recto... positivo e negativo sempre num só sentido... A energia que nos faz funcionar, tem semelhanças com a electricidade, mas fica-se por aí... É de tipo diferente, mais complexo, digo eu.... Enquanto não se conhecem os seus meandros vamos falando de coisas esotéricas, para-ciências, religiões e outros disparates que tais, Não vejo a hora de desmantelar toda essa panóplia de obscurantismo, fonte inesgotável de injustiças de toda a ordem. Todos os desatinos pequenos, grandes e descomunais, são fruto disso. E são sempre servidas por convicções absolutamente indiscutíveis. Já repararam!!!
António Capucha
Vila Franca de Xira, 12 de Novembro de 2012
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