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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Texto alternativo....





Nada a fazer! O bloguer pediu-me desculpa e mandou-me para o espaço um texto já pronto para publicação. Este é portanto um texto alternativo, só que o subconsciente já assumiu a tarefa como executada e a mente está a perguiçar.... É mais ou menos o meu maior receio,nestas coisa da escrita. sopondo que era profisional destas coisas, e fazia o gosto ao dedo todos os santos dias, e o suposto editor telefonava e dizia: é pá esgalha aí um texto sobre ....... Qu'e o está a dar... os leitores querem.... 
Há pior pesadelo? Fazer do acto de escrita uma coisa técnica, automática. Até sinto arrepios só de pensar.
Ou ainda pior: É pá não fales disto ou daquilo, qu'amalta não gosta.... Isso dizia ele, o tal, suposto editor. Porque quem não gostava era ele. Que acha de si, ser o representante dos gostos públicos, se é que eles existem. Há sempre zeladores da conveniência do que se escreve em nome do gosto ou tendências públicas, Há menos é  quem esteja disposto a dizer ou escrever o que pensa, ao arrepio dos suposto gosto público ou censo comum.... A chamada literatura "ligth", que não é mais que um conjunto de trivialidades bem alinhadas e parcas de sentido, e embora técnicamente correctas, são do ponto de vista criativo, algo desonestas quer caracterizando sem rigor as personagens, quer criando situações exploradoras de sentimentos demasiado primários ou mesmo reprovaveis do ponto de vista ético. Não sou moralista, mas há formas e formas de dizer as coisas. Umas levam a um entendimento superior das questões e outros, à alienação global dos leitores.  Assim tipo telénovela, cujo fio de "estória" vai e vem ao sabor do que a produção acha ser o gosto das audiências....Nem que isso custe a caracterização das personagens, por exemplo, tem que haver muitos casamentos, porque as consumidoras, querem é ver modelos de vestidos e pompa e circunstância, porque faz parte do seu imaginário colectivo. Então em nome disso a "estória"dá cambalhotas atrás de cambalhotas, ficando esta mais pobre e inverosímil. Desonesta....  Literariamente descredibilizada....
Posso não ter a qualidade almejada, mas essa figura não me verão fazer......     

                                           António Capucha

                        Vila Franca de Xira, 9 de Novembro de 2012

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